O mineiro João Marcos Rosa lança hoje, às 19h, no Museu Histórico Abílio Barreto, seu primeiro livro. Em Harpia, João realiza uma extensa reportagem visual sobre a maior águia das Américas. Depois de passar pela grande mídia, João e o também fotógrafo Leo Drumond resolveram fundar, em 2003, a Nitro Imagens, empresa dedicada à fotografia documental e editorial, que é responsável pela publicação da obra.
A ideia de registrar a vida e a movimentação da Harpia harpyja em seu ambiente natural surgiu em 2004, quando, em Parintins, na Amazônia, João foi apresentado aos gaviões- reais numa situação de risco. Os barulhos de motosserras nas proximidades dos ninhos eram como flagrantes da vulnerabilidade da águia, de aparência imponente. A situação o instigou a viajar pelos estados do Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Bahia e até a Venezuela em busca das melhores imagens. O livro é fruto desta grande aventura, realizada de barco, canoa, balsa, helicóptero e até a pé.
As fotos revelam o ambiente natural, a ave no período de reprodução, cenas de caça, o trabalho de biólogos pesquisando sobre a população das aves, inclusive com aspectos curiosos, como a medição da envergadura do bicho, que pode chegar a 2,2 metros da ponta de uma asa à outra. Os poucos textos do livro, assinados por Frederico Drumond, Tânia Sanaiotti e Roberto Azeredo, recuperam a realidade do gavião-real na floresta nacional de Carajás, fala da situação da harpia no Brasil e da relação do ser humano com as aves.
Para realizar seu trabalho, João Marcos Rosa teve que subir muitas vezes na copa das árvores e para isso aprendeu técnicas de escalada, venceu o medo de altura e montou uma estrutura a 35 metros do chão, onde permanecia por várias horas até conseguir visualizar alguma coisa. “Acabei me valendo de técnicas tanto fotográficas quanto esportivas para captar a velocidade e a movimentação do animal. A intenção foi tentar captar a realidade do ponto de vista do animal”, conclui.
Lançamento do livro Harpia, de João Marcos Rosa: Dia 29/03, segunda-feira, às 19h, no Museu Histórico Abílio Barreto (Av. Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim. Belo Horizonte/MG).
Fonte: UAI
