O Miami Seaquarium, um famoso aquário localizado na Flórida, nos Estados Unidos, muito conhecido por seus golfinhos e baleias mantidos em cativeiro, recebeu ordem judicial de fechamento.

A comissão do condado de Miami-Dade entregou avisos de despejo para a The Dolphin Company, proprietária do aquário. Os documentos afirmam que o Miami Seaquarium deve fechar até 21 de abril.

Uma carta enviada à empresa disse que ela havia falhado em manter os animais de acordo com as exigências da lei. Também foi acusada de “violações das obrigações contratuais do locatário de manter a propriedade em bom estado de conservação”.

Estabelecido em 1955, o Miami Seaquarium é um dos aquários mais antigos dos Estados Unidos. Ele obtém seu lucro a partir de animais mantidos em cativeiro, que são forçados a realizar truques não naturais para multidões de clientes pagantes.

A notícia do fechamento vem após anos de campanha de grupos de direitos animais. Pelo menos 120 baleias e golfinhos morreram no Miami Seaquarium na história, e a opinião pública tem se voltado rapidamente contra o aquário nos últimos anos.

Em novembro do ano passado, um golfinho de 30 anos chamado Sundance morreu logo após uma inspeção das autoridades ter observado que ele estava sofrendo de “estresse gástrico”. Poucas semanas antes, um golfinho foi encontrado com um prego de aproximadamente cinco centímetros na garganta.

O animal mais famoso do Miami Seaquarium, uma orca chamada Tokitae, também conhecida como Lolita, morreu de uma suspeita condição renal em agosto do ano passado. Ela foi capturada do oceano em 1970 e vendida para o parque por 6 mil dólares.

Lolita passou 52 anos em uma pequena piscina. Um ano antes de sua morte, ela havia se aposentado das apresentações, e ativistas estavam trabalhando para garantir sua transferência para um santuário marinho.

O fechamento do parque foi amplamente celebrado por grupos de defesa dos animais. “O mundo assistiu enquanto o Miami Seaquarium deixava a única orca Lolita definhar e morrer, permitia que os animais comessem lixo em recintos em ruínas e ignorava as instruções de seu veterinário assistente até que ela finalmente renunciasse”, disse Tracy Reiman, vice-presidente executiva da PETA, ao Plant Based News. “Mas agora o mundo pode comemorar a notícia de que a ajuda finalmente está a caminho para os animais há muito tempo cativos lá”.

Reiman descreveu o fechamento do parque como “muito atrasado” e instou as autoridades do condado de Miami-Dade a garantirem que os animais sejam enviados para santuários para receber cuidados.