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Menina se despede de vaca que seria levada para matadouro com abraço apertado

23 de julho de 2018
3 min. de leitura
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Uma foto tirada em um programa de criação de gado nos EUA evidencia um grande problema nestas instituições, muito comuns no país. A imagem captura o momento em que uma jovem se despede com um abraço de uma vaca que seria levada para o matadouro. É clara a profunda ligação emocional da garota com a amiga que criou. E é doloroso saber que ela está convencida de que vender o animal para ser morto para consumo humano é normal e, pior ainda, necessário.

Reprodução | One Green Planet

Apesar de existirem incontáveis ​​vídeos de crianças pequenas que descobrem que seu prato preferido vem de um animal e instantaneamente escolhe cortar carne de sua alimentação, ainda há uma enorme quantidade de pessoas que não conseguem ver que os animais que acabam em seus pratos são os mesmos que os animais domésticos. E programas de criação de gado como o Future Farmers of America (FFA) e o 4-H tem uma papel essencial nessa “dessensibilização” das crianças, promovendo crueldades e abusos desnecessários.

O objetivo destes programas é, de uma maneira geral, “preparar jovens para causar um impacto positivo em suas comunidades e no mundo”. Eles ensinam crianças a cuidar apenas de um animal, e depois sentenciá-lo à morte. É algo contraditório, e muito menos produtivo e eficaz para a formação de caráter de crianças do que, por exemplo, trabalhar em uma loja de flores, operar um negócio de animais de estimação, pesquisar diferentes tipos de alimentos vegetais ou cultivar uma horta – tendo uma conexão natural e promovendo a compaixão que eles têm com os animais.

Além disso, existem muitas outras maneiras pelas quais os jovens podem trabalhar com animais vivos; voluntariar-se em uma organização responsável pelo resgate de animais ou até mesmo em um santuário para onde os animais resgatados são levados. Assim eles descobrem que esses animais não são muito diferentes de seus animais domésticos: eles são seres emocionais, sociais e inteligentes que merecem respeito, amor e, claro, liberdade.

No final, a única lição aprendida em projetos como Future Farmers of America (FFA) e 4-H é que o dinheiro é mais importante do que um ser vivo. É que depois de criar os animais de fazenda, as crianças têm a oportunidade de mostrar o gado e leiloá-lo a um preço por quilo, que geralmente beira os R$ 7 mil. Isso apenas reforça a falsa ideia de que alguns animais são destinados a ser alimentos, ensinando as crianças a diferenciar “animais de mercado” e animais domésticos.

Não existe um tipo de animal que nasceu para viver confinado ou ter o seu futuro condenado a uma morte dolorosa e torturante. Todos os animais merecem respeito, amor e viver em liberdade, em contato com a natureza e outros animais da sua espécie. Programas que ensinam o contrário às crianças não são prejudiciais apenas para os animais, mas também para os jovens cuidadores.

 

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