Por Marcela Couto (da Redação)
Quando se fala em direitos animais, é preciso lembrar que mais de 99% dos animais explorados estão na indústria agropecuária, mas menos de 1% das doações em prol da proteção animal são destinadas a eles.
É comum que as pessoas se preocupem mais com outras formas de exploração, já que resistem à mudança de hábitos necessária para deixar de consumir animais. Mas, com o acesso à informação e as denúncias sobre a realidade cruel dos matadouros, cada vez mais o veganismo se torna uma tendência e cresce a coscientização sobre o sofrimento de animais como bois, galinhas e porcos.
Para combater esse desequilíbrio imenso entre as espécies exploradas e os esforços em defesa dos animais, a organização internacional Animal Charity Evaluators (ACE) propõe educar os ativistas para que saibam direcionar corretamente suas doações, atingindo o maior número de animais possível.
“A maioria das pessoas não quer que os animais sofram,” diz Jon Bockam, diretor da ACE, ao The Huffington Post. “A questão então é como nós podemos aliviar o máximo de sofrimento animal possível, e nossas pesquisas procuram essa resposta.”, completa.
O trabalho da ACE é analisar centenas de organizações em defesa dos animais ao redor do mundo, avaliando seu custo-benefício e recomendando as melhores formas de apoiadores distribuírem suas doações.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Mercy for Animals foi nomeada uma das melhores ONGS pelos direitos animais no mundo, capaz de dar o melhor destino a cada dólar doado pelos ativistas. Não surpreende que seja também uma das organizações pioneiras em priorizar a questão dos animais explorados pela indústria agropecuária, que concentra seus esforços em denunciar a situação daqueles que mais sofrem em nome dos interesses humanos.
Fazer uma doação à Mercy for Animals, à ANDA, ao Instituto Peabiru à e outras organizações de confiança é certamente uma maneira eficaz de ajudar os animais que sofrem nas fazendas industrializadas e em matadouros. Mas aqui estão algumas outras formas de fazer a diferença para os mais vulneráveis, segundo a MFA:
Compartilhar denúncias nas redes sociais
A maioria das pessoas não tem idéia de quão terríveis são os abusos contra os animais explorados na indústria agropecuária. Compartilhar vídeos de investigações secretas é uma boa maneira de expor a realidade cruel e educar as pessoas sobre a origem da carne, laticínios e ovos.
Assinar petições
Petições online são uma maneira simples e eficaz de pressionar empresas, instituições e o governo a tomarem medidas em defesa dos animais ou banirem formas de abuso. Quanto mais assinaturas, mais se demonstra que a opinião pública não tolera mais a violação dos direitos animais.
Organizar uma panfletagem
Apesar de quase toda comunicação ser digital, em termos locais a panfletagem ainda é um método eficiente. Mensagens de compaixão pelos animais e informações sobre os abusos sofridos podem sensibilizar as pessoas rapidamente, e uma única pessoa pode distribuir centenas de folhetos em pouco tempo em um local público.
Adotar o veganismo
Uma das atitudes mais importantes para defender os animais explorados para consumo é, obviamente, adotar um estilo de vida livre de produtos derivados do sofrimento animal. O veganismo é a única solução definitiva para abolir os matadouros e toda a crueldade da indústria agropecuária.