Foi capturado o macaco que durante um mês frequentou a área de lazer de um condomínio na região sul de Belo Horizonte (leia notícia aqui na ANDA). Ele foi levado para uma clínica particular, até ganhar uma morada definitiva. O macaco, da espécie bugio, também conhecido como guariba, foi capturado no sábado por veterinários e biólogos do Ibama. Foi a segunda tentativa.

As imagens feitas por um cinegrafista amador mostram o trabalho para prender o animal. Eles usaram um equipamento e lançaram um dardo com tranquilizante . Já desacordado, o macaco foi examinado.

Durante um mês, Chico, como era chamado principalmente pelas crianças, circulou sozinho pela Mata das Borboletas, no Sion. Alimentou-e de folhas, flores e brotos de árvores. Frequentemente visitava os condomínios próximos, andava pelo alambrado, observava a piscina. Em um dos prédios brincava na academia de ginástica com os pesos e divertia as crianças.

Mas os moradores, preocupados com uma mudança de temperamento e com possíveis doenças, ficaram preocupados e pediram ajuda ao Ibama. Na sexta- feira foi feita uma tentativa de resgate. Levaram até um filhote de bugio para atrair Chico, mas nada funcionou.

Com a estratégia do uso de tranquilizante, o macaco foi levado para uma clínica para ser avaliado.

Os profissionais do Ibama acreditam que o macaco, de aproximadamente 15 anos, vivia em cativeiro, porque tinha o rabo cortado. Ele está bem, mas ainda não se sabe se o animal será solto na natureza ou encaminhado a um zoológico.

Fonte: O Globo

Nota da Redação: A esperança é que o animal consiga ser devolvido à natureza. Embora pareça difícil por conta da probabilidade de ser vítima de cativeiro e por já estar familiarizado com a urbanização, é possível fazer a reintrodução gradual, por tentativas de adaptação. Se não houver mais chance de devolução à natureza, o destino ético são os santuários ecológicos, jamais zoológicos — cativeiros que deveriam estar extintos há muito tempo.