A Polícia Militar de Meio Ambiente foi acionada no último sábado (23) depois que um macaco do tipo guariba foi encontrado ferido em cima de uma caixa d’água, na zona rural de Unaí.
Os policiais resgataram o animal silvestre, que apresentava desidratação por ter ficado muito tempo exposto ao sol, e também tinha um corte profundo em um dos pés.
A médica veterinária Juliana Ramos Dell Antonio, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) ficou responsável pelos cuidados do animal. As informações são do portal G1.
Na avaliação, ela constatou que o animal aparenta ser idoso, a julgar pelos dentes, e que a lesão no membro inferior provavelmente foi provocada por ataque de cães ou outro tipo de animal.
“A ferida já tinha uns seis dias, no mínimo, pois possuía larvas de moscas. Foi feita a limpeza do ferimento e ele foi medicado com anti-inflamatório, antibiótico e analgésicos. Ele vai permanecer internado, ainda não se sabe se vai ter condições de ser solto na natureza”, apontou a veterinária.
Já no domingo (24), Juliana Ramos reavaliou o macaco que apresentou melhoras e agora está se alimentando bem sozinho, seu estado de saúde é estável, mas continua internado e sendo medicado.
“Importante salientar que, aqui em Unaí, não possuímos um local adequado para manter animais silvestres até sua reabilitação completa, portanto o que fazemos é dar os primeiros socorros e estabilizar o animal para o transporte até o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestre (CETRAS) de Patos de Minas. Essa remoção será realizada ainda essa semana”, afirmou.
Devido à falta de local e estrutura adequados, o IEF conta com apoio de parceiros voluntários que auxiliam em atendimentos como este. No sábado, logo após o resgate, ela contou com o apoio do professor Paulo Marcusso, da UFVJM. Já neste domingo teve o auxílio do professor Luiz Gustavo Cabral, da FACISA.
Orientações
A veterinária reforça que não se deve manipular animais silvestres sem treinamento.
“Nesse caso, em que não há imunização comprovada contra raiva, e em especial primatas, eles são potenciais transmissores de uma grande variedade de zoonoses. Ao avistar um animal silvestre, o cidadão deve acionar a Polícia Militar de Meio Ambiente ou o Corpo de Bombeiros para efetuar o resgate”, alerta a profissional.
