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LPN constitui-se assistente no processo crime de morte de lince envenenado

18 de junho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A organização de defesa da natureza “anuncia ter-se constituído como assistente no processo crime associado à morte de um exemplar de lince-ibérico ocorrida em março”, refere um comunicado da LPN hoje divulgado.
“Perante repetidos casos de envenenamento que resultam na morte de espécies protegidas e ameaçadas de extinção, a LPN apela à ação firme da sociedade civil e do Estado português na luta contra o uso ilegal de venenos”, salienta o documento.
A LPN recorda que há “demasiados anos” ocorrem casos de uso ilegal ou negligente de venenos, resultando, em muitos casos, na morte de espécies protegidas por lei e ameaçadas de extinção.
“Invariavelmente, estas situações repetem-se sem que sejam apuradas responsabilidades, perpetuando-se a impunidade e a falta de soluções eficazes para combater esta ameaça à conservação da natureza”, acusa a Liga.
A utilização de produtos tóxicos como veneno para eliminar animais silvestres ou domésticos “é ilegal”, alerta a LPN, além de representar “uma grave ameaça” à saúde pública e à biodiversidade.
Depois da morte de vários animais de espécies protegidas, como águias, abutres e o lince ibérico fêmea, a LPN decidiu constituir-se como assistente no processo crime neste último caso para “colaborar com o Ministério Público na investigação, dedução e sustentação da acusação”.
Embora reconhecendo as dificuldades inerentes à reintrodução de uma espécie na natureza, e não colocando em causa a relevância das libertações de lince-ibérico, a LPN salienta não poder deixar de alertar para a necessidade de conhecer e minimizar os riscos.
A organização defende ser necessária “mais e melhor ação” nos casos de violação da lei e nos crimes associados ao uso ilegal de veneno, assim como um maior envolvimento e articulação entre as diferentes entidades.
A fêmea da espécie lince ibérico Kayakweru, libertada na natureza em fevereiro, foi encontrada morta em meados de março, em Mértola, e os resultados da necropsia realizada e da análise forense da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa revelaram que morreu envenenada.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: RTP Notícias
 

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