Pelo menos 29 pinguins e um albatroz foram encontrados encalhados vivos nas praias da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, desde a última quarta-feira (3). Algumas aparições foram registradas por moradores que curtiam o feriado na região. Todos os animais foram encaminhados ao instituto Gremar, em Guarujá. O órgão é responsável pela reabilitação de animais marinhos no litoral paulista.
Segundo a veterinária responsável pelo Instituto, Andrea Maranho, os pinguins estão cansados e debilitados. “O mês de junho começou quente e estamos recebendo vários chamados para resgate. Eles estão muito cansados, em processo de exaustão, sem energia e em busca de alimento, por isso encostam na praia. Nessas levadas até a costa eles acabam batendo em pedras e também ficam com escoriações”, explica.
Os pinguins encontrados nas cidades de Santos, Guarujá, Bertioga, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe são da espécie Magalhães e comuns nas águas da América do Sul. Todos são filhotes e possuem entre sete e oito meses de idade. Já a ave albatroz é da espécie sobrancelha negra, foi encontrada em Itanhaém.
Andrea justifica a grande incidência desses animais na região por conta das correntes marinhas vindas do Sul do país, principalmente durante o mês de junho. “São animais pelágicos, ou seja, que vivem em mar aberto, na região oceânica e quando muda a corrente marinha alguns mais jovens acabam aparecendo por aqui. Pelo menos 30 animais foram resgatados vivos, outros poucos estão mortos”, relata Andrea.

Recuperação
O período de recuperação desses animais é de um mês, no entanto, a veterinária deverá mantê-los em observação até o fim de outubro. “Vamos acompanhar a evolução deles, com fisioterapia e tudo que for necessário e aguardar também a mudança da corrente marinha. Acredito que até o fim de outubro eles já estarão bem e serão soltos”, disse.
Resgate
Andrea faz o alerta para que os moradores do litoral que encontrarem os animais nas praias da região, comuniquem o salva vida mais próximo, a Polícia Ambiental ou entrem em contato com o instituto pelo telefone (13) 7818-5067.
Fonte: G1