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REGISTROS

Quase 500 encalhes de animais são registrados em um mês no Paraná, diz UFPR

Com 457 registros, agosto foi o mês de 2022 com maior número de encalhes de animais no litoral do Paraná. Entre os animais encontrados estão aves, répteis e mamíferos marinhos.

13 de setembro de 2022
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Entre os animais encontrados estão aves, répteis e mamíferos marinhos. — Foto: Reprodução/RPC

Agosto foi o mês de 2022 com maior número de encalhes de animais no litoral do Paraná. Foram 457 encalhes registrados durante o período, de acordo com o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Entre os animais encontrados estão aves, répteis e mamíferos marinhos. As cidades com maior número de registro são MatinhosPontal do ParanáGuaratubaGuaraqueçaba e Paranaguá.

A bióloga Liana Rosa, gerente do LEC, explica que apesar de o número aparentar ser alto, está dentro da média anual. Segundo ela, neste período do ano os animais estão migrando e ficam sujeitos às condições ambientais.

“São os meses mais frios em que nós temos eventos climáticos mais severos, aumento de chuvas muito fortes, ventos e temperatura mais baixa. Essa condição ambiental favorece tanto a mortalidade dos animais, quanto o encalhe na praia”, afirma Rosa.

Entre janeiro e setembro de 2022, foram 1552 animais encontrados encalhados, segundo dados do laboratório. Durante todo o ano de 2021 foram quase 3 mil animais, e em 2020 foram 2050.

Espécies

No mês de agosto, a espécie mais registrada no litoral foi o pinguim-de-Magalhães, totalizando 327 animais. O número representa 80% dos encalhes. Segundo biólogos do LEC, a espécie migra da região da Patagônia argentina em busca de alimentos e águas mais quentes.

Veja outros animais encontrados:

  • 40 – Tartarugas Verdes
  • 10 – Botos Cinzas
  • 3 – Lobos Marinhos
Ao todo foram 457 animais encontrados no litoral do Paraná. — Foto: Reprodução/RPC

Segundo o LEC, 94% dos animais registrados em agosto foram encontrados mortos. Os outros 6% foram resgatados pela equipe do laboratório.

De acordo com a veterinária Renata Soares, eles são recolhidos e recebem um tratamento especial, até estarem saudáveis o suficiente para retornarem à natureza.

“Eles chegam extremamente debilitados, magros e apáticos. Alguns precisam de tratamento com antibiótico, anti-inflamatório, analgésicos”, explica Soares.

Pinguim-de-Magalhães foi a espécie mais registrada no litoral do Paraná em agosto. — Foto: Reprodução/RPC

O que fazer se achar um animal no litoral?

 

O laboratório orienta que caso alguém encontre um animal, vivo ou morto, não toque nele e entre em contato com a equipe por meio do telefone 0800 642 33 41 ou pelo WhatsApp (41) 9 9213-8746.

Fonte: g1

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