Depois de oito anos, a lista de animais ameaçados de extinção, no Brasil, foi atualizada. Especialistas coordenados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade têm, agora, a missão de atualizar esse levantamento todo ano.
O Brasil tem 1.249 espécies de animais com ameaça de extinção. É o caso do mico-leão dourado, da onça-pintada, da anta, do tubarão-martelo, do pica-pau-amarelo e até do lobo-guará, símbolo do Cerrado mineiro. O pesquisador da UFMG alerta: a ameaça também já chegou aos rios.
“A cada nova edição a lista aumenta e sinaliza para nós que alguma coisa não está caminhando bem e a gente precisa mudar”, diz Daniel Vilela, médico veterinário e analista ambiental do Ibama.
A Mata Atlântica é o bioma com mais espécies ameaçadas. Comparando o estudo de 2022 com o de 2014, 139 animais saíram da lista, ou seja, não estão mais em risco, como a tartaruga-verde, mas outras 219 entraram para o levantamento na categoria risco de extinção, como o boto do araguaia, a toninha, a ave trinta-réis-de-bando e o peixe da chuva.
“A partir do momento que essas espécies são incluídas na lista elas passam a ser alvo de elaboração de planos de ação para sua conservação e elas passam a ter uma atenção maior no hall de políticas públicas ambientas do país”, explica Rodrigo Silva Pinto Jorge, coordenador de avaliação do risco de extinção de espécies do ICMBio.
Depois de anos de pesquisa, esta equipe da Universidade Federal de Minas Gerais entendeu como algumas espécies de peixes se reproduzem e desenvolveu o ambiente ideal para o pacamã, bagre da bacia do Rio São Francisco, procriar com fartura.
Fonte: G1 Jornal Hoje