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VITÓRIA

Lei que proíbe as touradas é sancionada pelo presidente Gustavo Petro na Colômbia

"Não podemos dizer ao mundo que matar seres vivos e sensíveis por entretenimento faz parte da nossa cultura", disse Petro durante evento

23 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sancionou ontem (22/07) a lei que proíbe as touradas, marcando oficialmente o fim da prática no país. Ele assinou a lei diante de uma multidão na “praça de touros”, arena onde as touradas eram realizadas em Bogotá, capital do país, renomeada de Plaza Cultural La Santamaría.

Ao se dirigir a uma multidão que incluía ativistas dos direitos animais, o presidente enfatizou a desumanidade de matar animais por entretenimento. Ele argumentou que tais práticas refletem um problema moral mais amplo e rejeitou a noção de que a cultura justifica a crueldade. “Não podemos dizer ao mundo que matar seres vivos e sensíveis por entretenimento faz parte da nossa cultura”, disse Petro durante o evento. “A natureza tem direitos que são independentes de nós, e esses direitos devem ser respeitados.”

O Congresso colombiano aprovou a proibição em uma decisão histórica no final de maio. A lei “No más ole” (Não mais touradas) foi aprovada após debates acalorados que duraram meses. Um número crescente de cidadãos colombianos acha inaceitável que animais sofram por entretenimento.

A administração de Petro respondeu à demanda pública por maior proteção aos direitos animais, ecoando sentimentos expressos por influenciadores e ativistas como Luana Delgado, que destacou a importância de transformar locais anteriormente associados à violência em espaços para o enriquecimento cultural.

A arena de touradas será no futuro um palco para “Cultura, Esporte, Vida e não Morte”, disse o Presidente. O país agora tem três anos para transformar arenas de touradas em centros culturais e artísticos.

Apesar da proibição, as touradas ainda são prevalentes em alguns países como Equador, México, Peru, França, Espanha e Portugal.

A nova lei significa uma mudança em direção à modernização das práticas culturais e ao alinhamento com os padrões globais de direitos animais.

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