O leão Mopane, outra expressão da fauna do Zimbábue, foi morto neste mês de agosto na mesma área onde Cecil foi assassinado pelo dentista e caçador Walter Palmer em 2015.
De acordo com a entidade PETA, Mopane foi vítima de uma caçada com arco na região do Parque Nacional Hwange, embora a identidade do autor ainda não tenha sido revelada. Segundo a conservacionista e fotógrafa da vida silvestre e da natureza Drew Abrahamson, tudo indica que a morte de Mopane foi encorajada pela Chattaronga Safaris, uma empresa sul-africana com supostos vínculos com a Big Game Safaris International, que em dezembro teria anunciado uma oportunidade de assassinar Mopane.
“Não estamos surpresos que as empresas de safári da África do Sul ainda estejam facilitando esse passatempo covarde. Com uma recente investigação secreta, revelamos as conexões ocultas do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa com investimentos na indústria de troféus de caça”, diz um comunicado da PETA.
A organização defende que a alegação de que esse tipo de turismo é uma forma de “caça de conservação” ou de “apoio aos nativos” é mentirosa. “O prazer sádico do caçador em matar um grande felino com uma arma de alta potência demonstrou apenas falta de empatia por Mopane e pelos membros dependentes de seu bando, que desde então ficaram vulneráveis.”
Segundo a entidade PETA, o vice-presidente da África do Sul está expandindo secretamente uma propriedade de troféus de caça chamada Diepdrift, além de já ter 50% de participação em uma empresa que oferece turismo de caça – Tsala Hunting Safaris.
“Nosso investigador gravou conversas nas quais os gerentes de Ramaphosa admitiram que ele compartilhava igualmente os lucros de todas as caçadas conduzidas por meio da Tsala e falou sobre a importância de ocultar seu envolvimento.”