Lagostas podem sentir-se ansiosas, de acordo com um novo estudo, mostrando que as emoções “humanas” são mais difundidas entre outras espécies do que se pensa.
De acordo com o site de notícias New Zealand Herald, pela primeira vez cientistas encontraram sinais inequívocos de que o estado de ansiedade normalmente associada a formas “superiores” de vida, tais como seres humanos, mamíferos e outros animais com espinha dorsal, também é compartilhada com uma espécie de invertebrado.
Um experimento mostrou que o lagostim de água doce pode ser induzido a um estado de profunda ansiedade que só pode ser aliviado pelo mesmo tipo de tranquilizantes usados para tratar pessoas atingidas por uma condição semelhante, disseram os cientistas.
O estudo revelou que a emoção do lagostim é regida pelos mesmos transmissores químicos em seu sistema nervoso que estão envolvidos no controle da ansiedade em seres humanos, razão pela qual lagostas ansiosas respondem ao benzodiazepínico, um tranqüilizante utilizado para tratar a ansiedade em pessoas, disseram cientistas.
“A ansiedade é diferente do medo, que é algo que até mesmo os animais mais simples mostram. Ansiedade é um tipo de medo do medo, e os animais que sofrem disso irão exibir comportamento adaptativo para minimizar a ameaça”, disse Daniel Cattaert, neurocientista da Universidade de Bordeaux, na França.
“Ansiedade aguda pode ser benéfica. Depois de um animal ter enfrentado uma experiência ruim, ele adapta seu comportamento para minimizar o risco no futuro, e isso pode ser benéfico para o animal. As pessoas pensavam que isso só ocorria em animais com sistemas nervosos complexos, mas o encontramos nas lagostas “, disse o Dr. Cattaert.
Fonte: Veggi & Tal