Por David Arioch
No último dia 7, durante a 1ª Plenária do Fórum Mundial pela Paz, realizado pela organização Together for Peace na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro, o diretor do Centro de Informação da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Brasil, Maurizio Giuliano, convidou mais de 100 universitários a refletirem sobre a relação entre a paz e as mudanças climáticas.
“A paz é a eliminação de qualquer conflito. Mas sem debelar as mudanças climáticas e sem desenvolvimento, a paz pode ser muito mais difícil de se conseguir. E inversamente, só a paz permite que possamos — entre países democráticos — avançar na Agenda 2030 [para o Desenvolvimento Sustentável] e preservar a espécie humana””, declarou.
Segundo Giuliano, a paz é uma questão de justiça, mas, acima de tudo, é uma necessidade para a sobrevivência. “Temos neste momento uma quantidade enorme de guerras, conflitos, situações de violência e deslocamento forçado, situações de gravidade extrema. A ameaça nuclear que caracterizou os últimos 75 anos ainda persiste”, enfatizou.
E acrescentou: “Mas outros desafios são as mudanças climáticas e os desastres associados a riscos naturais que estão frequentemente ligados às mudanças climáticas”.
Giuliano também explicou aos estudantes as razões de utilizar o termo “desastres associados a risco natural” no lugar de “desastres naturais”. “O que causa um desastre não é necessariamente e apenas o fenômeno natural em si. Um terremoto de mesma escala pode passar pouco percebido no Japão e matar milhares de pessoas em um país em desenvolvimento”.