Mesmo que as imagens apresentem algumas lacunas, é possível ver que as ações dos animais geraram resultados: conseguiram remover totalmente as toras frontais da armadilha. Os javalis não resgatam os amigos, como também, realizam todo o processo de maneira eficiente, pois enquanto o grupo atuava por fora, os javalis do lado de dentro se moviam, até que conseguiram se libertar.
Este processo de adoção do estado emocional chama-se “contágio emocional”, e afeta também os porcos, que se desesperam quando outros estão em perigo. Ao captar os sentimentos dos javalis perturbados, contudo, a fêmea se motivou para aliviá-los do problema.
“… Comportamentos empáticos, em várias formas, estão presentes em Suidae e nosso relato de comportamento de resgate representa evidência adicional”, escreveram os autores do estudo. “No caso em que a correspondência do estado emocional (exibida, por exemplo, como piloereção “ereção da juba”) estava realmente envolvida como discutido acima, o comportamento de resgate representa a forma mais complexa de empatia…”, finalizaram.
Esses animais, mesmo sendo selvagens podem levar essa particularidade de sociabilidade para os humanos. Javalis são flagrados, ocasionalmente, passeando entre turistas nas praias, perseguindo aventureiros em trilhas etc. Na real é que, mesmo sem nenhuma recompensa como troca, eles se solidarizam com a dor do outro.