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Jardinagem de corais beneficia recifes do Caribe

1 de agosto de 2017
3 min. de leitura
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Corais Acropora cervicornis
Foto: Stephanie Schopmeyer, UM Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas e Atmosféricas

A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Miami (UM) da Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas e Atmosféricas e parceiros possui implicações importantes para a sobrevivência em longo prazo de recifes em todo o mundo, que enfrentam um declínio mundial por fatores estressores múltiplos, como o clima e a poluição dos oceanos.

“Nosso estudo mostrou que os métodos de restauração atuais são muito eficientes”, afirmou a bióloga de corais da escola UM Rosenstiel Stephanie Schopmeyer, principal autora do estudo.

“Os recifes de corais saudáveis são essenciais para a nossa vida cotidiana e foi comprovado que a restauração bem sucedida é uma ferramenta de recuperação de recursos costeiros perdidos”, completou.

No estudo, os especialistas queriam documenta o sucesso da restauração durante seus dois anos iniciais em vários locais de recuperação de corais na Flórida e em Porto Rico. As descobertas mostraram que os métodos de restauração atuais não causam danos excessivos às colônias e, quando são implantados, os corais de laboratório se comportam exatamente como as colônias selvagens.

As populações de corais de Staghorn tiveram uma queda de 90% no Caribe desde a década de 1980. Como resultado, a espécie foi listada como ameaçada de acordo com a Lei de Espécies Ameaçadas nos EUA em 2006 para ajudar a proteger essas espécies que são a base dos habitats de recifes biologicamente ricos, segundo o Phys.

As conclusões, publicadas na revista Coral Reefs, fornecem um guia para o sucesso dos esforços de restauração e recuperação das espécies ameaçadas em todo o mundo.

Milhares de corais são criados em laboratórios e plantados em recifes degradados a cada ano. Este estudo é o primeiro a coletar dados de sobrevivência e produtividade de restauração de corais em escalas regionais, incluindo dados de mil colônias individuais, mais de 120 genótipos diferentes em seis regiões geográficas para desenvolver pontos de referência com o intuito de analisar completamente o progresso e os impactos dos esforços de restauração em recifes da região.

Os recifes de corais são essenciais e oferecem habitat para diversas espécies marinhas e proteção contra incidentes naturais, como furacões. Como resultado, a restauração é vista como uma estratégia eficaz e econômica para controlar os efeitos do aumento da tempestade e do nível do mar nas costas.

“Os recifes estão declinando em um ritmo alarmante e os programas de restauração de corais são agora considerados um componente essencial para o plano de proteção e gestão de corais. Nossas descobertas fornecem os marcos científicos necessários para avaliar o progresso da restauração”, disse Diego Lirman, professor da UM Rosenstiel e coautor do estudo.

A pesquisa foi realizada em colaboração com os parceiros do Programa de Recuperação Acropora dos EUA: Nova Southeastern University, University of Miami, Florida Fish and Wildlife Conservation Commission, Mote Marine Laboratory, The Nature Conservancy, and the National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

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