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Japoneses preferem observar baleias a comer sua carne

17 de março de 2019
3 min. de leitura
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Foto: Pixabay

O Japão tem sido algo de muitas críticas desde que anunciou sua saída da Comissão Baleeira Internacional para retomar a caça comercias dos mamíferos, mas grande parte população parece não concordar com a matança.

Pesquisadores do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW), uma organização de conservação e bem-estar animal, de Massachusetts (USA), revelaram novos dados que mostram que os cidadãos japoneses preferem a observação à carne de baleia.

A indústria de observação de baleias do Japão surgiu durante a década de 1980, mas vem ganhando força nos últimos anos. Durante o período de sete anos que terminou em 2015, o último ano em que o IFAW tem estatísticas, o número de observadores de baleias aumentou em mais de 40 mil. A ONG estima que cerca de dois terços das pessoas que vão para o mar com binóculos são cidadãos japoneses e não estrangeiros.

Mas o aumento do número de observadores de baleias é prejudicial. O turismo de observação embarcado é um dos piores meios de perturbação da vida marinha, principalmente dos berçários de baleias. Quando há uma fonte de molestamento, mães e filhotes abandonam a área, o que coloca em risco a preservação das espécies.

Baleias sentem o mundo através do som e o barulho dos motores das embarcações os afetam diretamente. As operadoras de turismo não respeitam limites de distância e chegam a colocar os barcos em cima dos animais.

A caça no Japão

Depois de anos de negação pública, o Japão retirou-se da Comissão Baleeira Internacional (IWC) para poder continuar suas operações comerciais de caça às baleias. A decisão é uma jogada que o grupo de conservação Sea Shepherd vê como uma vitória, praticamente eliminando a caça às baleias no Oceano Antártico.

“Desde 2002, a Sea Shepherd liderou inúmeras operações de caça japonesa ilegal, salvando mais de 6 mil baleias”, escreveu o grupo em um comunicado.

O Oceano Antártico ao redor da Antártida é um santuário de baleias internacionalmente estabelecido que proíbe a caça comercial de baleias; O Japão explorou uma brecha que permitia a caça às baleias para pesquisa. Agora, sua saída da IWC sinaliza o fim da caça às baleias nas águas do sul.

“Estamos muito satisfeitos em ver o fim da caça às baleias no Santuário de Baleias do Oceano Antártico”, disse o fundador da Sea Shepherd, o Capitão Paul Watson .

“Em breve teremos um Santuário de Baleias do Atlântico Sul e vamos continuar nos opondo às três nações restantes, Noruega, Japão e Islândia”.

“A caça à baleia como indústria legal terminou. Tudo o que resta é limpar os piratas.”

“O Japão nunca parou a caça comercial. Eles se esconderam por trás da desculpa da chamada caça científica desde 1987”, explica Watson.

“Eles continuaram a caça comercial apesar da decisão do Tribunal Internacional de Justiça de que não há justificativa legal para a chamada ‘caça científica’. Agora não pode haver fachada, o Japão juntou-se à Noruega e à Islândia em seu desafio aberto à lei internacional de conservação. Todas as três nações são nações baleeiras piratas.”

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