Por Raquel Soldera (da Redação)
O Japão anunciou que vai ignorar a proibição de comércio internacional do atum azul do oceano Atlântico. Este provavelmente será um tema bastante discutido quando a reunião da Organização das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (CITES) ocorrer, neste mês.
O atum azul é a base de uma das pescarias mais rentáveis no Japão, e é também uma das espécies de peixe mais ameaçada do mundo.
No entanto, um representante do Japão disse que eles não acreditam que o atum azul está em perigo de extinção. Eles insistem que a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) deve ser a única a monitorar a população de atum azul, ao invés da CITES. Talvez isto porque, quando uma espécie é adicionado à lista da CITES, não é removida.
Parece que o Japão ignora o fato de que 60.000 toneladas de atum azul são pescadas por ano, quando o limite é de apenas 22.000 toneladas. Com isso, talvez a única maneira de evitar a sua extinção seja uma proibição mundial.
A aprovação da proibição da pesca de atum azul depende da aprovação de dois terços dos 175 países membros da CITES. Países europeus, como a França, dizem que estão preparados para suportar uma proibição de comércio internacional do atum azul.
Com informações de Care2