Por Raquel Soldera (da Redação)
Há 50 anos a doutora Jane Goodall pisou pela primeira vez na Tanzânia, para dedicar sua vida a estudar os chimpanzés, tornando-se uma fonte de inspiração para aqueles que acreditam que um outro modo de vida é possível, e o Instituto que leva seu nome comemora este aniversário em Madri, na Espanha.
Jane Goodall chegou ao que é hoje conhecido como Parque Nacional de Gombe, aos 26 anos de idade, para observar o comportamento de um grupo de chimpanzés, com o objetivo de que os resultados ajudassem a compreender melhor o comportamento humano.
Os resultados deste estudo, que mudaram o significado do conceito de “ser humano”, revelaram que os chimpanzés fazem e usam ferramentas, e provocam verdadeiras “guerras” pelo controle do território, segundo comunicado divulgado pelo Jane Goodall Institute.
Segundo informações divulgadas no jornal EFE Verde, o primeiro evento de comemoração será realizado na próxima terça-feira, 13, no Jardim Botânico, onde a diretora do Instituto Jane Goodall no Congo, Rebeca Atencia, e o diretor de comunicação, Fernando Turmo, darão uma palestra sobre o trabalho de recuperação e reintrodução de chimpanzés realizado neste centro, que abriga 149 chimpanzés órfãos.
As pesquisas do instituto também abrangem áreas como o desmatamento das florestas tropicais, a propagação de doenças, a importância do papel das mulheres nos países em desenvolvimento e o envolvimento das comunidades locais para obter um desenvolvimento sustentável para todos.
Antropologia, sociologia, psicologia, etologia e medicina são apenas algumas das ciências fundamentais para as conclusões desta incansável pesquisadora e toda sua equipe.
“Este meio século de descobertas me permitiu redefinir o nosso lugar na natureza, mas o mais surpreendente foi descobrir tudo o que os chimpanzés podem nos ensinar, e quero continuar fazendo isso pelos próximos 50 anos”, disse Jane Goodall.