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Uma jaguatirica, perus e crocodilos eram confinados em prisão na Venezuela

1 de outubro de 2013
2 min. de leitura
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Por Noelia Gigli (da Redação)

Foto: Eduardo Méndez
Foto: Eduardo Méndez

A Prisão Nacional de Sabaneta é um mundo a parte por dentro. Além das armas, balas e réus pagando suas penas, havia um zoológico clandestino. Ao melhor estilo dos narcotraficantes, os presos se dedicaram a colecionar espécies exóticas. Jaguatiricas, guaxinins e crocodilos se transformaram em animais domesticados com o passar do tempo. Com o fechamento dessa prisão, os animais, alguns considerados vulneráveis no livro vermelho da fauna silvestre venezuelana, foram transferidos ao Zoológico Metropolitano de Zulia. As informações são do La Verdad.

Jairo Ramírez, secretário de Segurança e Ordem Pública, confirmou a presença dos animais na prisão, “tinham até crocodilos, porcos, galos e um gambá. Todos foram levados ao zoológico”. La Verdad conversou com Leonardo Núñez, presidente do zoológico, que confirmou que a fauna silvestre resgatada é, na maioria, jovem. “Procuramos por uma jaguatirica, duas babilhas, dois perus e três araras verdes que estavam em Sabaneta”.

Foto: Eduardo Méndez
Foto: Eduardo Méndez

Estão sob observação. “Todos estão de quarentena, sob um tratamento adequado para que sejam incorporados ao cativeiro, à disposição do público”. Acrescentou que a instituição está satisfeita por dar um novo destino a essa fauna silvestre.

A jaguatirica é macho e jovem. A duas babilhas são de macho e fêmea, com, aproximadamente, seis meses de idade. Já os perus são adultos.

Descobriu-se que, além da fauna silvestre encontrada, dentro da prisão ainda existiam vacas, porcos, cabritos, galinhas, galos, aves e guaxinins. Alguns eram tidos como alimentos, outros usados em rinhas para entretenimento. Também tinham cães de diferentes raças, entre elas: pit bulls, mastim napolitano, lobo siberianos e yorkshire terrier para as 192 crianças que moravam na prisão.

Em perigo de extinção

A jaguatirica é uma espécie vulnerável já que, ao norte do rio Orinoco e nos bosques do sul, já não são mais vistos. Na serra de Perijá, Cordilheira dos Andes e bacia do Lago de Maracaibo, as populações e habitat diminuíram com o passar do tempo. Enquanto que a babilha também corre com o mesmo azar, é vulnerável. Esse animal poderia atingir dois metros de comprimento quando adulto.

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