Por Augusta Scheer (da Redação)
Em 2014, o grupo PETA enviou investigadores disfarçados a fábricas fornecedoras de couro de crocodilo e de jacaré, situadas no Zimbábue e no Texas. Gravações mostram funcionários cortando os corpos dos animais enquanto eles estão totalmente conscientes, rompendo suas peles com estiletes e apunhalando-os para deslocar suas vértebras durante a extensa carnificina. Investigadores documentaram o sofrimento dos répteis, sangrado e agonizando durante vários minutos. Os estabelecimentos fornecem couro para a grife Hermès, cuja bolsa Birkin (de couro de jacaré) é vista por muitos como símbolos de status.
A investigação sigilosa também revelou as condições em que os jacarés e crocodilos são alojados. Na natureza, esses animais inteligentes criam seus filhotes, usam ferramentas para capturar suas presas e vivem por décadas, muitas vezes mais do que humanos. Nas fazendas de criação, os crocodilos são confinados em tanques de concreto e forçados a viver em meio aos próprios excrementos. Os animais são mortos dentro de um ano.
Os fornecedores da Hermès matam até quatro jacarés para fazer uma única bolsa Birkin. As peles também são usadas para fazer pulseiras de relógio, cintos, sapatos e outros acessórios.
Em um pronunciamento reproduzido pelo New York Times a Hermès defendeu seus produtos e não expressou nenhum remorso pela brutalidade exposta no vídeo.
No Texas, a promotoria do condado de Chambers está conduzindo uma investigação na fazenda de jacarés Lone Star.
Os jacarés vendidos pela Hermès são submetidos a atrocidades inenarráveis no processo de fabricação das bolsas. Assine a carta para a Hermès demandando que parem de vender produtos feitos de pele de jacaré e crocodilo.