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ICMBio promove soltura de mais um peixe-boi em Alagoas

3 de agosto de 2014
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Divulgação/ ICMBio
Divulgação/ ICMBio

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio) realizou a soltura de mais um peixe-boi marinho no estuário do Rio Tatuamunha (AL), interior da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais. Desta vez, o peixe-boi marinho foi uma fêmea de 2,78m e idade aproximada de cinco anos.

Este é o 37º animal da espécie devolvido à natureza em 20 anos. O animal foi encontrado na última segunda-feira (28) encalhado, ainda com resquícios de cordão umbilical, em março de 2010 no Pontal do Maceió, município de Fortim (CE).

“A Joana, assim como todos os outros 36 peixes-bois marinhos que resgatamos, chegou aqui ainda recém-nascida. Eles ficam encalhados e se não forem ajudados acabam morrendo”, explicou a médica veterinária e coordenadora-substituta do CMA, Fernanda Niemeyer.

Fernanda destacou que trata-se de um número bastante expressivo, já que a população de peixe-boi marinho está ameaçada de extinção no Brasil. “Existem entre 500 e mil indivíduos, somente isso. Poder devolvê-los ao habitat natural, é uma tarefa gratificante”, disse.

Após o resgate, Joana foi transportada para Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, em Itamaracá (PE), onde permaneceu até o dia 28 de abril deste ano, quando foi levada para um recinto de readaptação em Porto de Pedras.

“Após três meses, ela aprendeu a lidar com as marés, variação de salinidade, ambiente do manguezal, conviveu com mais seis peixes-bois e com outras espécies de manguezal. Agora, está apta à vida livre”, comemorou a veterinária.

20 anos de manejo para a conservação dos peixes-bois no Brasil

O Programa de Manejo para a Conservação de Peixes-boi no Brasil teve início em 1994 com a reintrodução de dois animais em Paripueira/AL. Desde então, o Projeto Peixe-boi trabalha para reintroduzir novos animais. Os objetivos são recolonizar áreas ocupadas no passado, reconectar populações isoladas entre os estados de Alagoas e Pernambuco e aumentar a variabilidade genética destas populações, protegendo-as da extinção.

O CMA conta com a parceria do Instituto Mamíferos Aquáticos (Ima) e o apoio de diversas instituições para realização de pesquisas, manejo, monitoramento, desenvolvimento comunitário e educação ambiental nas áreas de ocorrência da espécie. A próxima soltura está prevista para a segunda semana de agosto.

Fonte: Portal Brasil

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