Dando continuidade a “Operação Rios Federais 3”, deflagrada pelo segundo dia consecutivo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), apreendeu vários artefatos de pesca em Penedo e região, durante este domingo (20).
A operação acontece simultaneamente em vários estados brasileiros, com autuação em rios sob a jurisdição da União. “A intervenção acontece em rios federais, objetivando coibir a pesca predatória. E o principal, combater a pesca do pitu (nome cientifico – Macrobrachium Carcinus), uma espécie ameaçada de extinção”, explicou o chefe do Setor de Fiscalização do Ibama, Rivaldo Couto.
Durante os dois dias, sábado (19) e domingo (20), mais de 300 covos (apetrecho de pesca artesanal, um tipo de gaiola que fica submersa, normalmente usada para pescar camarão) irregulares foram apreendidos e serão destruídos.
“Para esse tipo de instrumento, existem especificações e tipo de material para a sua confecção. Encontramos covos produzidos com telas de pvc e com espaçamento inferior ao estabelecido pela legislação ambiental. Estamos recolhendo tudo e como não existe finalidade para eles, iremos destruir”, acrescentou o fiscal do Ibama.
Segundo Couto, a malha mínima permitida para os covos é de 10mm e em Penedo, foram encontrados até com 5mm. “Este tipo de apetrecho de pesca quanto mais fechada a sua malha, mais dificuldade os peixes pequenos e camarões terão para sair. Desta forma, pescado sem tamanho e impróprio para o consumo, será fisgado”, garantiu.
As fiscalizações estão acontecendo em Penedo e região, e nas ilhas próximas à cidade. Pescadores também são abordados no Rio São Francisco, na tentativa de flagrá-los com o pitu ameaçado de extinção. Esta espécie tem sua pesca proibida pelo Governo Federal. “A pesca deste camarão é proibida, e caso alguém consiga fisgá-lo, deve devolvê-lo ao rio”, observou.”, observou.
Crime ambiental e conscientização
Durante a fiscalização de sábado (19), um pescador foi flagrado, foi multado em R$ 1.060 e vai responder por crime ambiental. “Desde 2010 que realizamos trabalhos de conscientização nas cidades ribeirinhas do Baixo são Francisco, com palestras, folhetos explicativos, mostrando à legislação vigente. Cabe também ao presidente de cada colônia, alertar para os riscos da atividade”, concluiu o chefe do setor de Fiscalização do Ibama, Rivaldo Couto. A pescador além da multa, vai responder por crime ambiental e pode ser condenado em até três anos de prisão.
Fonte: Aqui Acontece