Por Monika Schorr (da Redação)
Em 28 de agosto foram comemorados os 50 anos da “Marcha sobre Washington”, manifestação política de grandes proporções, liderada por Martin Luther King na capital dos EUA. Na época, Luther King fez seu famoso discurso “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”) focando a igualdade e liberdade para todos. A data foi marcada por passeatas, discursos e especulações sobre quais seriam as causas que King abraçaria atualmente.
Sem dúvida, ele continuaria a lutar contra a discriminação racial, mas também defenderia os direitos dos trabalhadores, os direitos dos homossexuais e os direitos animais.
Sim, direitos animais! King combatia todo o tipo de violência, como a Guerra do Vietnã.
No dia anterior ao seu assassinato, em 1968, Dr. King foi para Memphis, cidade do estado norte-americano do Tennessee, para interceder a favor dos seres humanos mais tiranizados e oprimidos da América do Norte: os trabalhadores afro-americanos encarregados da remoção e transporte de lixo. Nos dias de hoje, esta defesa também se estenderia aos seres sencientes mais oprimidos e tiranizados da América: animais escravizados, explorados e assassinados pelas indústrias alimentícias, do entretenimento e nos laboratórios onde são torturados em experiências brutais. Não há maior violência que a cometida contra bilhões de animais a cada dia nas fazendas industriais e matadouros.
Apesar de Luther King não ter vivido o suficiente para incluir os animais não humanos em seu círculo de compaixão, justiça e não-violência, sua esposa e seu filho o fizeram, ao adotar o veganismo como estilo de vida. Seguir este exemplo é a maneira mais nobre e digna de honrarmos o legado que nos foi deixado por Martin Luther King.