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INVASÃO RUSSA

Guerra na Ucrânia mostra que animais fazem parte da família e não podem ser deixados para trás

21 de março de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Instagram | @uanimals.official

Cerca de 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde a invasão russa. Imagens que viralizaram em todo o mundo mostram civis ucranianos lotando estações de trens e metrôs com os seus animais domésticos ou cruzando as fronteiras dos países vizinhos em meio à neve com seus animais no colo, em caixas de transporte ou em malas, caixas de papelão ou bolsas.

A ucraniana Jane, que não teve o sobrenome informado, fugiu do país na companhia de Mika, sua doce e pequena poodle. Elas viajaram de carro, a pé e por fim conseguiram embarcar em um trem para a Polônia, onde buscam por um abrigo onde possam ficar juntas. “Ela estava muito estressada no ônibus. Estava muito cheio. Viajamos sozinhas. Meus avós não querem sair”, disse à EFE.

Desde a invasão russa, no dia 24 de fevereiro, países que fazem fronteira com a Ucrânia, como Romênia e Polônia flexibilizaram as regras que permitem a entrada de animais sem documentos veterinários e sanitários. Além de acolher refugiados, ativistas e ONGs estão se concentrando em ajudar tutores e animais com sacos de comida, areia para gatos, coleiras, arreios, focinheiras e pequenos cobertores. É importante oferecer conforto e dignidade a todos.

Um casal de idosos que chegou à Polônia após muitos percalços conta que, por não saber o que encontraria após cruzar a fronteira, trouxe o peso extra de um saco de ração para os seus dois yorkshires. Eles receberam kits e conseguiram embarcar em um trem para Berlim, onde ficarão na casa de familiares que aceitaram, gentilmente, acolher os animais. Olga e suas filhas deixaram tudo para trás quando fugiram de Kiev, menos o gatinho da família, Namur.

A Cruz Vermelha e a Humane Society International (HSI) estão enviando alimentos para animais que estão em abrigos na Ucrânia e também em centros de acolhimento nas fronteiras. “Centenas de abrigos de animais, clínicas veterinárias e centros de resgate, bem como milhares de famílias com animais domésticos que permanecem na Ucrânia, estão lutando para encontrar comida para os animais sob seus cuidados”, disseram as entidades em um comunicado.

Enquanto isso, na Ucrânia, voluntários e ativistas lutam contra o tempo e arriscam as próprias vidas para salvar os animais que ficaram no país e estão em risco. “Há um grande número de cães e gatos domésticos vagando pelas ruas que se separaram de suas famílias; eles estão confusos, traumatizados e precisam de ajuda. A tragédia da guerra não diferencia as vítimas de duas pernas ou quatro”, finalizou a diretora da HSI Europa, Andreea Roseti.

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