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Grupo publica carta aberta ao Aquário de São Paulo

13 de maio de 2015
3 min. de leitura
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Frente Defesa Animal
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aquarios

Viemos por meio deste comunicado alertar não apenas o Aquário de São Paulo, mas também visitantes, veterinários, biólogos, e principalmente o Ministério Público Federal para que se tomem medidas urgentes quanto ao seu encerramento e a retirada de todos os animais e encaminhamento para santuários e reservas.

Recentemente tivemos a infeliz notícia de 2 ursos polares (Peregrino e Aurora) vindos para o local, além de outras espécies “não nativas”.

Não existe nenhuma prova de que aquários e zoos realmente preservam espécies, pelo contrário, espécies em cativeiro demoram a se acasalar e nem sempre o acasalamento gera frutos, diferente do que vimos e comprovamos quando estes animais estão em seus habitats ou em reservas.

Os termos “conservação” e “educação ambiental” não cabem em locais como este, visto que, não se pode conservar nenhuma espécie mantendo ela em cativeiro, em um espaço infinitamente menor ao de seu habitat natural, nenhum equipamento tecnológico pode reproduzir as condições de um habitat, por mais tecnologia que se use.

Animais selvagens precisam manter seus instintos de caça, e em cativeiro eles perdem estes instintos. Em todo o mundo ouvimos a falácia do conservacionismo e educação ambiental dita por aquários e zoológicos, mas…. Temos casos graves de morte destes animais justamente pelo fator “cativeiro”, casos como do urso Knut morto em 19 de março de 2011 em Berlim, do urso Winner morto em 27 de Dezembro de 2012 em Buenos Aires, recentemente do meio-irmão de Winner, o urso Taco morto em 17 de Abril de 2015 no Chile, sem contar o urso Arthuro que vive em um zoo de Mendoza na Argentina, onde apresenta um quadro grave de depressão e pelas recentes informações, muito doente fisicamente e psicologicamente.

Fica aqui nossa pergunta aos funcionários do Aquário de São Paulo e ao seu dono Anael Fahel : Quanto custa a “conservação” e a “educação ambiental”? Quantas vidas custam? Em pleno século 21 onde temos vários sites e vídeos no Youtube, como podemos educar uma criança mostrando um animal preso e escravizado?

A única “conservação” que vemos atualmente é a dos bolsos. Não existe conservação de espécie aprisionada, não existe reprodução de espécie naturalmente escravizada. Não existe educação ambiental feita pelo medo no olhar de seres inocentes.
O que vemos em aquários e zoos é simplesmente, e apenas, a obtenção de lucros, voyeurismo, sadismo, escravidão, exploração e morte.

Para as pessoas que querem educar ambientalmente seus filhos, se re-eduquem antes, repensem seus conceitos de coletivo, para as pessoas que financiam estes locais visitando e levando suas famílias, se coloquem no lugar dos animais ali expostos, se coloquem na condição de cativeiro.

No passado tivemos uma grande libertação humana com o fim da escravidão dos negros e seus direitos respeitados, hoje vivemos e pedimos pela mesma libertação, mas desta vez, uma libertação animal.

Vemos a mídia fazendo festa em cima de uma falácia mas nunca vimos a mesma ajudando ou divulgando o trabalho lindo e realmente conservacionista feito por reservas/santuários.

A única forma de proteger espécies é protegendo seus habitats naturais e não escravizando e explorando.

Enquanto existirem jaulas o respeito pelos animais e a Mãe Terra vai deixar de existir. NÃO QUEREMOS JAULAS/TANQUES/AQUÁRIOS MAIORES, QUEREMOS JAULAS/TANQUES/AQUÁRIOS VAZIOS

Sinceramente e em nome de todos os grupos e ativistas animalistas – Frente Defesa Animal

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