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Grupo cria campanha contra matança de porcos em Madeira

6 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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A Plataforma Viver (P-V) anunciou na quarta-feira uma campanha em Dezembro contra a tradicional prática da matança do porco na Madeira por ocasião das festividades de Natal.

“Vamos fazer uma campanha em Dezembro contra a matança do porco que é uma coisa inédita na Madeira e que vai provocar alguma polémica”, disse Miguel Santos, dirigente da P-V a propósito do Dia Internacional do Animal que é comemorado hoje e que se estende até sábado no Jardim Municipal do Funchal.

Miguel Santos compara a matança do porco às corridas de touros no decorrer das quais são infligidas ao animal várias práticas sofredoras: “A matança do porco é a nossa tourada, é um espectáculo público.”

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O responsável pelo P-V lembra, a propósito, que várias associações internacionais condenam os eventos públicos no âmbito dos quais os animais “são torturados e mortos mediante espectáculo”.

“É o que acontece na matança do porco em que o animal demora imenso tempo para morrer, sofre imenso, às vezes está ali horas até chegar à morte, é uma situação que, ponto de vista cultural e civilizacional, é inaceitável”, declara, acrescentando que a Plataforma “vai fazer uma campanha criticando precisamente a questão pública e de falta de controlo veterinário na matança do porco”.

Miguel Santos faz notar que “há muitos cientistas que pensam que o animal tem, de facto, uma capacidade, uma inteligência de antever o seu próprio futuro, que é um ser autónomo e ciente, que tem um sistema nervoso central que lhe dá o psiquismo para poder sentir as emoções e o sofrimento e que procura, por conseguinte, preservar a vida”.

A P-V manifesta-se também contra a utilização de animais em espectáculos públicos bem como o enjaulamento dos mesmos em lojas da especialidade e a matança, em canis, de animais saudáveis.

“A 25 de novembro, vamos participar numa iniciativa que tem caráter nacional e que consistirá na formação de um cordão humano em redor de um canil – que na Madeira será o canil do Vasco Gil – como protesto contra a morte de animais saudáveis devido à falta de espaço ou de meios financeiros”, revelou.

Miguel Santos aponta, na crítica à exibição de animais em espectáculos de rua ou outros, caso da coruja. “As corujas, que são animais noturnos, sofrem, fisiológica e biologicamente, por obrigarem-nas a estarem expostas à luz diurna. É uma questão que do ponto de vista científico, veterinário e ético é completamente condenável”, acusa.

Esta Plataforma, criada em julho e constituída por cidadãos que pretendem aprofundar a causa animal na Madeira, vai também desenvolver acções “ao nível dos animais de criação, dos aviários, procurando saber a maneira como os mesmos são criados” e defender a institucionalização do Estatuto Jurídico do Animal.

Palestras sobre o “Bem-estar animal” e a “Ética Animal, a bênção dos animais na igreja do Colégio, desfile canino, cerimónia interconfessional junto à estátua de São Francisco de Assis com leitura de textos são algumas das manifestações do programa alusivo ao Dia Internacional do Animal na Madeira organizado pela “Plataforma Viver”.

Associam-se à iniciativa todas as associações de defesa do animal existentes na Região: a SPAD – Sociedade Protetora dos Animais Domésticos, a Associação Animad, a Associação Nosso Refúgio, a AMA – Animais Madeirenses Abandonados, a Associação PATA e o Grupo informal Ajuda a Alimentar Cães (grupo criado nas redes sociais).

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: DN Notícias

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