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Gaúcho faz campanha pela conservação dos tubarões

21 de maio de 2010
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O ambientalista José Truda Palazzo Júnior, 46 anos, morador do centro de Canoas, foi visto recentemente por milhares de espectadores. Uma das cenas do longa-metragem americano The Cove, vencedor do Oscar 2010 de Melhor Documentário, mostra um de seus embates com a delegação japonesa na Comissão Internacional da Baleia (CIB), quando representava o Brasil no órgão. A produção aborda a captura e a matança de golfinhos para a comercialização da carne em Taiji, no Japão.

Truda é amigo e parceiro de luta do ex-apresentador de televisão americano Ric O’Barry – ex-treinador de golfinhos na série de TV Flipper – também ativista e figura central do documentário. “O resultado do Oscar foi a melhor notícia para a conservação marinha, colocando em evidência um dos mais desnecessários massacres de vida selvagem do planeta”, afirma Truda.

Seu envolvimento em causas ligadas à natureza começou bem cedo, aos 15 anos, quando decidiu ser voluntário da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Percebendo a motivação do adolescente, os gaúchos Augusto Carneiro e José Lutzenberger o designaram para coordenar uma campanha contra a caça às baleias. 

Apesar de continuar atuando no tema, ele não é mais integrante do CIB, pois discorda da política ambiental brasileira. Atualmente, coordena uma campanha nacional, lançada em março, que visa mobilizar a comunidade de mergulho para a conservação dos tubarões. 

Sempre em viagem, o morador da área central canoense desde 1994, apesar de ficar pouco tempo na cidade, participa de movimento em defesa das áreas verdes do município. É parceiro da Associação Villa Mimosa na preservação da chácara onde fica o prédio histórico da Villa Mimosa, em Canoas. “Pior do que a poluição da BR-116 é ver a falta de árvores e o abandono das praças”, opina.

Militante há 30 anos, o pai de Júlia, 16 anos, e de Lara Palazzo, 14 anos, aproveita as horas de folga para plantar árvores, para passar adiante o seu conhecimento e falar com jovens sobre questões ligadas à ecologia. “O que me agrada é botar minhoca na cabeça dos estudantes (incentivar o debate) e motivá-los para que atropelem a ignorância da minha geração e das anteriores e mudem a gestão desse país”, ressalta.

Fonte: Zero Hora


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