Um gato precisou passar por cirurgia após engolir 27 laços de cabelo em Chapecó, no Oeste catarinense. Os tutores levaram o gato ao veterinário após ele ficar doente e perder peso.
A veterinária Elizandra Kerber disse que o comportamento pode estar relacionado à ansiedade, estresse ou tédio.
O gato é um macho da raça persa e tem 3 anos. Ele teve alta na quinta-feira (1º).
Cirurgia
Segundo a veterinária, o gato apresentava vômito há mais de 15 dias e os tutores perceberam que ele havia perdido um pouco de peso, mas continuava ativo e se alimentando.
O felino já tinha um histórico de ter vomitado laços de cabelo há dois anos. Porém, os tutores não tinham mais visto ele engolindo os elásticos, então acreditavam que o gatinho havia parado com o comportamento.
No veterinário, o gato fez exame de endoscopia, que constatou os laços de cabelo. Porém, como havia muitos, não foi possível fazer a remoção por esse meio, a cirurgia de gastrotomia foi necessária.
Tanto o exame como a operação são feitos com anestesia geral e monitoramento por um anestesista veterinário. Conforme Kerber, a cirurgia demorou cerca de 30 minutos e foi feita na quarta-feira (31). O gato teve alta no dia seguinte.
Comportamento
A veterinária explicou que esse tipo de comportamento, de engolir laços de cabelo, é um distúrbio de comportamento.
“Nestes casos, devemos ficar mais atentos ao comportamento e tentar promover um maior enriquecimento ambiental para que esses gatinhos gastem mais energia , façam atividades físicas , brinquem e possam desenvolver os comportamentos típicos da espécie”, afirmou Kerber.
Casos mais sérios podem ser tratados com medicamentos ansiolíticos, segundo ela.
O que fazer se o animal engolir um laço de cabeço?
Kerber afirmou que, se o tutor flagrar o animal doméstico engolindo um laço de cabeço, o melhor é procurar um veterinário.
“Algumas peças pequenas podem ser expelidas nas fezes e alguns pacientes podem até vomitar o objeto. Mas tamanhos maiores podem não progredir e causar obstrução . A indicação é sempre procurar um veterinário para orientar a melhor forma de conduzir o caso”, recomendou.
Fonte: G1