O agricultor Ildomar Hauffer, morador da comunidade de Bomplandt, interior de Corupá, se surpreendeu com o andar estranho de um dos pintos que estavam circulando pelo pátio da casa.
Meio desconfiado, chamou a mulher Sônia para ver se o que estava vendo não era efeito da cachacinha que costumava apreciar nas horas de folga. Sônia viu o pinto andando desajeitadamente para trás e pensou que estivesse com algum problema. Mas o tempo passou e, três meses após o achado, a agora galinha garnisé não perdeu a mania de andar de ré.
No meio das cerca de 50 aves que passeiam pelo gramado e potreiro da família, a galinha com comportamento estranho ganhou notoriedade. A fama da garnisé que anda para trás se espalhou na cidade de 13 mil habitantes e chamou a atenção da imprensa. Até um vídeo no youtube foi postado com as peripécias da galinha que anda em marcha ré.
“Eu não sei o que ela tem. Acho que é um distúrbio psicológico. Não tem outra explicação”, revela Sônia, ainda surpresa com o andar da ave.
Questionada sobre o futuro da galinha, Sônia garantiu que não matará o animal.
Quando a galinha começa a correr de costas, dá impressão que é acionada por controle-remoto, como era feito nas fitas de vídeo em que se rebobinavam os filmes e as imagens apareciam ao contrário. Tem momentos que a ave anda para frente como qualquer outra. Mas são poucos passos. Em pouco tempo começa a andar de ré. Dá a impressão que ela tenta se controlar, mas não tem como. Começa a bater as asas para tentar se equilibrar e acabar rolando.
Às vezes ela chega a bater nas paredes de madeira do estábulo ou em algum arbusto porque não consegue ver os obstáculos que tem pela frente, ou melhor, atrás dela.
O biólogo da Secretaria de Agricultura de Corupá, Jean Bertold, disse que não pôde fazer uma avaliação precisa porque ainda não viu a galinha, mas em imagens que foram mostradas pela equipe de reportagem, trata-se de um distúrbio neurológico. Segundo ele, não é uma doença. Ela é saudável, só que o problema atingiu a coordenação motora dela e provocou esse alteração no andar.
Com informações de Diário Catarinense