Essa gigantesca desratização promovida pelos pesquisadores no arquipélago, que se localiza no oceano Pacífico, tem justificativa.
A população de ratos está crescendo de forma descontrolada, e a mania dos bichos de comer ovos de tartarugas e aves nativas de região está levando espécies típicas de Galápagos ao colapso.
Os pesquisadores vinculados à administração do Parque Nacional de Galápagos, situado a cerca de mil quilômetros da costas do Equador (o arquipélago é parte do país) cuja fauna inspirou Charles Darwin (1809-1892), garantem que a substância será terrível contra os ratos, só contra os ratos.
Não se trata de um veneno líquido: os pesquisadores vinculados ao Parque Nacional de Galápagos jogam uma isca envenenada, parecida com um pequeno biscoito cilíndrico, que os ratos confundem com comida.
Cabras
Entre 2004 e 2009, quase 100 mil cabras foram fuziladas em Galápagos.
O número e o método de ação são chocantes, admitem os cientistas, mas o objetivo é evitar que as ilhas, cheguem ao colapso ecológico.
“As cabras são extremamente eficazes em criar uma paisagem similar ao deserto, em razão de sua explosão demográfica e do vigor para se alimentarem. As tartarugas terrestres e outras espécies não eram páreo para elas”, disse há dois anos Felipe Cruz, um dos diretores da Fundação Charles Darwin. Deu certo: as cabras, que tinham se tornado selvagens, foram eliminadas em quase todas as ilhas pelos atiradores em solo e em helicópteros. O custo também ficou na casa dos milhões.
Ainda há um bocado de espécies causando problemas nas ilhas. Entre os mamíferos, porcos e gatos, por exemplo. Além disso, há 748 espécies de plantas introduzidas, inclusive amora e goiaba, em comparação a 500 espécies de plantas nativas.
Ao menos 490 espécies de insetos também foram introduzidas, como vespas e formigas. Esses animais ou plantas encontraram um ambiente com poucos predadores, onde puderam expandir a sua população até começar a ofuscar as espécies nativas.