Por Lilian Regato Garrafa (da Redação)
Na semana passada, a frota baleeira japonesa zarpou rumo ao oceano austral para dar continuidade à caça com ‘fins científicos’. AnimaNaturalis e outras organizações protestam em nível ‘diplomático’ para acabar com este massacre.
A frota baleeira japonesa partiu quinta-feira passada em direção ao santuário do Oceano Austral para dar início à caça anual de baleias. De acordo com informações fornecidas pelo Greenpeace, o atraso na saída deste ano deve-se à falta de demanda por carne de baleia, pois, tradicionalmente, a frota costuma zarpar em novembro e retornar em abril. Além disso, relatou-se que a frota deste ano é menor que a de anos anteriores: “A redução do tamanho da frota significa que eles não podem caçar mais que a metade do contingente”, disse Wakao Hanaoka, coordenador da campanha de oceanos do Greenpeace do Japão, para quem outra razão é também terem vendido e desmontado navios.
A maioria dos japoneses não come carne de baleia, e estas são caçadas para manter um estoque de carne refrigerada. Segundo os últimos dados do governo japonês, no final de agosto havia um estoque de 5.790 toneladas de carne de baleia congelada em contentores.
O Japão interrompeu a caça comercial em 1987, cumprindo uma moratória internacional que entrou em vigor em 1986. Mas continuam a caçar baleias sob o pretexto de fins científicos. Ambientalistas denunciam que, desde a imposição da moratória, o Japão caçou e matou mais de 35 mil baleias.
AnimaNaturalis Internacional, em colaboração com o Instituto de Conservação de Baleias (Argentina) e outras organizações, enviou uma carta ao Grupo de Buenos Aires da CBI para pressionar que se empreendam ações diplomáticas em protesto à continuidade da caça, pois é inadmissível, em âmbito internacional, que continue despercebida a responsabilidade japonesa na captura e matança de baleias, com a única finalidade de vender sua carne.