Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Diversas fotos perturbadoras tiradas nos fundos do abrigo do Departamento de Controle de Zoonoses do condado de Manatee (Flórida, EUA), foram parar nas mídias sociais, mostrando dois funcionários induzindo à morte vários cães e gatos. Apesar de haver uma grande disparidade entre abrigos entre optar ou não pela indução à morte, os problemas decorrentes de uma óbvia indiferença para com o sofrimento animal e a falha em reconhecer as suas necessidades são ainda mais graves. As informações são do Examiner.
As fotos mostram graficamente os últimos minutos de vida de um cão mestiço de Labrador, e de um outro cão branco e preto amarrado firmemente à maçaneta da “sala da matança”. Uma última foto mostra outro gato vivo trazido para dentro, ainda em sua caixa de transporte. O que faz todo o portfólio de fotos particularmente comovente e desolador é o fato de que os animais vivos (o mestiço de labrador que se chamava Kobe e outro cão chamado Sarge) são forçados a permanecer na sala com os animais mortos – assistindo à morte dos demais e compartilhando o pavor dos cães e gatos que esperam pela morte precoce.
Tragicamente, os funcionários que aplicam as injeções de indução à morte parecem ignorar os animais vivos na sala e o estresse que os sobreviventes temporários certamente devem estar enfrentando. Momentos depois, Kobe é mostrado em uma foto, já morto, em uma cuba posta sobre outro cão também morto recentemente. De acordo com o PetFinder.com., “É obrigação dos administradores do abrigo avaliarem os procedimentos frequentemente, assegurando que os animais sejam manipulados apropriadamente, e verificar se os funcionários são competentes, compassivos e devidamente treinados. A eutanásia (sic) deve ser confiada apenas ao pessoal mais consciente e qualificado – nunca a uma pessoa que seja descuidada, indiferente ao sofrimento animal ou destreinada em comportamento animal e técnicas. Os funcionários devem ser capazes de lidar emocionalmente com o fato de eutanasiarem (sic) um grande número de animais enquanto mantêm a preocupação com o bem estar de cada indivíduo cão ou gato” .
Segundo a reportagem, a triste realidade é que aproximadamente 12 milhões de cães e gatos adentram os abrigos dos Estados Unidos a cada ano. Em média, somente cerca de 1/3 dos animais disponíveis para adoção em abrigos irão realmente conseguir lares. Em outros países, salvo as devidas proporções, a situação é semelhante, e milhões de animais são mortos após o “prazo” que lhes é dado para serem adotados.
As fotos são perturbadoras e vêm nos lembrar que isso precisa mudar. Porém, só irá mudar quando a humanidade verdadeiramente reconhecer que todos os animais têm sentimentos e direito à vida, e que essas vidas não devem ser compradas, vendidas ou abandonadas. O homem tem o dever de zelar pelos animais e cuidar deles, e não tem o direito de arbitrar pela vida ou morte de nenhum animal. O procedimento de indução à morte deve ser abolido em qualquer circunstância.
Quanto ao abrigo em questão, há rumores de que as câmeras da “sala da matança” tenham sido desligadas após o vazamento das imagens – o que, além de não eliminar o problema, pode-se dizer que o agrava.
Se essa atrocidade de matar animais na frente do outros foi flagrada acontecendo em um abrigo dos Estados Unidos, o que se dirá de outros em países com leis menos rígidas. Isso denuncia a realidade que acontece tacitamente, em todo o mundo, assim como com os animais em matadouros para consumo humano são mortos na frente dos outros, amplificando o sofrimento e o terror.
Nota da Redação: Não há método de indução à morte humanitário. A prerrogativa de que o procedimento deva ser feito por pessoas qualificadas e de uma ou outra maneira é uma falácia. Os animais não querem ser mortos e não o devem ser, esse é um erro da humanidade.
