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Fotógrafo registra vida selvagem em vários continentes e critica ecoturismo

18 de fevereiro de 2011
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O mexicano Patricio Robles Gil fotografa beleza encontrada em reservas naturais. (Patricio Robles Gil/BBC)

Durante mais de duas décadas, o fotógrafo mexicano Patricio Robles Gil captou a beleza encontrada em reservas naturais de várias partes do mundo, algumas delas livres da influência da homem.

A imagem deste alce foi capturada no Parque Nacional Denali, no Alaska, Estados Unidos.

“Tive o privilégio de caminhar e me perder durante dias nesses ecossistemas intocados, e isso te deixa uma marca muito profunda”, diz ele.

O fotógrafo viajou pelo Pantanal Matogrossense, onde ficou impressionado com a quantidade de onças-pintadas que encontrou.

O fotógrafo viajou pelo Pantanal matogrossense, onde ficou impressionado com a quantidade de onças-pintadas.

“Demorei anos para conseguir encontrar uma onça frente a frente. Não acho que haja outro lugar no mundo onde seja possível garantir que é possível ver uma onça. Foi maravilhoso. Nos primeiros 30 dias, vi 17 onças. No segundo mês, vi outras 40.”

Para Robles Gil, divulgar fotos de áreas silvestres representa um grande conflito. Por um lado, segundo ele, é necessário comunicar a beleza dessas regiões e a necessidade de protegê-las. Por outro, a divulgação pode causar uma explosão de ecoturismo com impacto negativo para esses locais.

Para fotógrafo, divulgar áreas silvestres é necessário, mas pode causar explosão de ecoturismo; na foto, araras.

“Hoje em dia, acho que não é correto eticamente que alguém possa visitar parques e reservas no mundo e ser apenas espectador. Mesmo que não sejam fotógrafos ou ambientalistas, os visitantes têm que fazer algo”, diz o fotógrafo.

Tigresa no Parque Nacional de Ranthambore, na Índia.

“Nos últimos 20 anos, tenho visto como está aumentando a fragmentação das áreas selvagens, o que vai isolando esses espaços e afetando a viabilidade de várias espécies no futuro.”

O tuiuiu ("Jabiru mycteria") é a ave símbolo do Pantanal.

Robles Gil diz que é preciso que os visitantes se comprometam ou “estas áreas selvagens vão desaparecer”.

Fonte: Folha

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