O gelo está derretendo mais cedo na primavera e congelando mais tarde no outono em todas as regiões do Ártico, que é o lar dos ursos polares, de acordo com vários estudos. Consequentemente, isso aumenta a pressão sobre os animais.
Paul Nicklen capturou a imagem desoladora na Ilha de Baffin, no Canadá, e disse que a divulgou para que a morte do animal não fosse em vão.
“Ficamos ali chorando, filmando com lágrimas rolando por nossas bochechas”, afirmou o biólogo e fotógrafo à National Geographic.
Nicklen disse que pensou em intervir, mas percebeu que só prolongaria o sofrimento do urso. “Não é como se eu andasse com uma pistola tranquilizante ou 400 libras de carne de foca”, disse.
Os ursos polares se alimentam principalmente de focas e gastam cerca de 50% do tempo caçando e dependem do gelo marinho, pois não podem nadar com suas presas. Atualmente, eles são listados como uma espécie “vulnerável” aos efeitos das mudanças climáticas, informa o Breaking News.
Os mamíferos de meia tonelada também vivem no gelo à deriva o que aumenta o gasto de energia e, portanto, eles consumem entre uma e três focas a mais por ano do que antes, segundo o United States Geological Survey (USGS).
Com menos gelo disponível para a caça, os ursos precisam percorrer maiores distâncias. “Quando os cientistas dizem que os ursos estão extintos, eu quero que as pessoas percebam o que isso parece. Os ursos morrerão de inanição. Essa é a aparência de um urso faminto” disse Nicklen.