Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Um dos maiores matadouros halal da Grã-Bretanha tem sido investigado por chocantes práticas de crueldade aos animais.
Uma filmagem infiltrada mostra um funcionário repetidamente cortando os pescoços das ovelhas com uma faca conforme elas passam pela esteira do local.
Os animais não parecem morrer instantaneamente e alguns foram observados dando saltos desesperadamente.
A Food Standards Agency (FSA) iniciou uma investigação após a divulgação da filmagem e tomou medidas para demitir os funcionários do matadouro que também podem enfrentar acusações criminais.
De acordo com a reportagem do The Sun, a empresa afirma ser “o principal processador do Reino Unido de carne de ovelha halal, ovelhas e de vaca”. Outras partes da filmagem foram são tão angustiantes que a reportagem optou por não exibi-las.
Muitos restaurantes como o Pizza Express, KFC e o Subway comercializam carne halal. Centenas de escolas também fizeram essa escolha e todos os grandes supermercados da Nova Zelândia vendem carne de ovelhas de acordo com a tenebrosa prática islâmica.
O matadouro na Dunnockshaw Farm, perto de Burnley, é de propriedade do Malik Food Group. Um dos dois diretores da empresa, Stephen Riley, foi processado em 2016 pelo tratamento terrível de uma vaca no local.
Matadouros convencionais atordoam animais com uma arma de parafuso ou choques elétricos para torná-los inconscientes enquanto são assassinados.
Sob uma estrita interpretação da lei islâmica, o atordoamento dos animais não é permitido e também é proibido no sistema de matança judaica kosher.
Em vez disso, os animais têm as gargantas dilaceradas e utiliza-se uma faca extremamente afiada para cortar as suas jugulares.
Essas evidências de violência extrema exercem ainda mais pressão sobre o governo para aceitar as exigências de instalação de câmeras em todos os matadouros. Esse movimento apoiado pela FSA e mais de 200 parlamentares.
A filmagem foi realizada pela organização de proteção animal Animal Aid.
“Nossa investigação revelou uma crueldade bárbara e deliberadamente imposta aos animais em cenas horríveis que nunca vimos anteriormente”, disse o porta-voz do grupo Luke Steele.
A FSA disse que “não sabia” onde a carne produzida pelo local é vendida, pois “só mantém o controle dessas informações se houver suspeita de risco de para a saúde pública”.