Depois de receber tratamento e ganhar peso no Hospital Veterinário do Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul, um filhote de tamanduá-mirim aguarda apenas a liberação de um recinto para ficar em exposição. Em dezembro, o animal foi resgatado pela Secretaria de Meio Ambiente de Estância Velha junto à mãe, que morreu atropelada. O tamanduá-mirim está ameaçado de extinção.
Por ser muito jovem, a veterinária do zoo, Maria do Carmo Both, afirma que a reintrodução do animal no ambiente natural pode encontrar dificuldades. “Ele associa o cuidado e a amamentação à proteção materna, criando vínculos com os profissionais que cuidam dele”. De comportamento dócil, o tamanduá-mirim chegou com apenas 800 gramas. Em abril, completa seis meses de vida.
Espécie ameaçada
Hoje, pesa quase dois quilos, tem 50 centímetros e segue uma alimentação balanceada com auxílio da mamadeira. Durante quatro meses, recebeu leite três vezes por dia. Aos poucos, sua alimentação foi aproximada da natural por meio de frutas e cupins. As garras, além da defesa, servem para abrir buracos nos cupinzeiros. A língua comprida captura insetos e larvas.
A grande mortalidade é causada principalmente por atropelamento, ataque de cães e depredação do habitat. Ele pode ser encontrado em matas mais baixas, o que aumenta o risco de contato com estradas e rodovias.
Tamanduá-mirim
Tamandua tetradactyla
Família: Myrmecophagidae
Peso: 4 a 8 quilos
Longevidade: 15 anos
Gestação: 160 dias
Crias por parto: 1
Alimentação: Cupins e Formigas
Habitat: Florestas e Cerrado
Distribuição: América do Sul
Fonte: Gaz