Ave estava na eminência de ser morta por curiosos, mas foi recolhida pelos Bombeiros
Em São Miguel do Iguaçu (PR), mais precisamente na Praça Ambrosina Campos Ghellere, no Bairro Floresta, um filhote de gavião-carijó, que praticava os primeiros voos , teve momentos de aflição diante das crianças do bairro e, por pouco, não foi apedrejado por alguns pedestres menos comprometidos com a preservação da fauna.
A ave, cujo nome científico é Buteo Magnirostris ou Rupornis Magnirostris, nasceu em um ninho que os pais mantem há pelo menos 3 anos, no topo de um pé de Angico e estaria ensaiando os primeiros voos quando caiu do ninho.
O filhote foi recolhido pelos funcionários da Defesa Civil de São Miguel e entregue aos técnicos do ICMBio para dar sua destinação. O Sargento Dos Santos e o soldado Santana entregaram o pequeno gavião ao médico veterinário, Rafael Xavier.
Segundo ele, que atua na organização que presta serviços para o IBAMA, “dentro de poucos dias o jovem gavião poderá estar voando normalmente. Tudo vai depender do seu estado físico, se não houver nenhuma fratura em suas asas principalmente”.
Sobre a espécie
Este tipo de ave é da família dos “acipitrídeos” e, segundo estudos dos biólogos, é encontrada nos mais diversos ambientes de países como México, Argentina e em todo o território brasileiro. Possui, quando adulto, entre 30 e 36 cm de comprimento e uma envergadura de até 55 cm (entre as asas).
O comportamento dos gaviões-carijós é visto pelos estudiosos como normal entre a espécie. Os casais constroem seus ninhos nos topos das árvores mais altas. Suas construções têm cerca de 50 cm de diâmetro e a postura dos seus ovos é de no máximo 2, que são incubados pela fêmea por 30 dias. Período em que o macho alimenta a companheira.
Fonte: Jornal O Farol