Um filhote de baleia-jubarte foi encontrado morto em uma praia na cidade de Imbituba, na Região Sul do estado de Santa Catarina. O corpo encalhou na costa catarinense no último domingo (17).
De acordo com o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos de Laguna, o filhote ficou encalhado em um costão da Praia de Itapirubá Norte. O difícil acesso ao local e as condições climáticas impediram que a equipe do projeto conseguisse fazer a retirada do corpo.
Até esta terça-feira (19), a jubarte ainda não havia sido retirada do local, tendo ficado presa entre pedras da região costeira. O resgate do corpo foi solicitado após um grupo de homens encontrar o animal no domingo.
Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, é bastante comum que baleias morram após ficarem presas em redes de pesca ou colidirem com embarcações pesqueiras. Esses riscos retratam a nocividade da pesca para a vida marinha e são mencionados frequentemente por ativistas que conscientizam a população sobre os direitos animais e à necessidade de abolir o consumo de produtos que condenem animais a sofrimento e prejudiquem a biodiversidade.
Em junho deste ano, quatro baleias-jubartes foram encontradas presas em um emaranhado de redes de pesca. Duas estavam sem vida e as outras foram soltas e puderam voltar a nadar em alto mar livres dos equipamentos de pesca.
O biólogo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Jorge Freitas, explicou que as baleias têm dificuldade para nadar quando estão presas às redes. “Em determinado momento, elas não conseguem mais voltar a superfície para respirar e aí morrem afogadas”, relatou.
As vítimas dessas redes, porém, não são apenas as baleias. Isso porque esses equipamentos são feitos de material resistente e permanecem por anos no fundo do mar. “Elas acabam pescando e matando outros peixes, tartarugas e animais marinhos que vivem no fundo do mar”, comentou o biólogo.
Santa Catarina foi o estado que registrou o maior número de encalhes de jubarte neste ano. Até 3 de agosto, 33 animais da espécie haviam morrido na costa. No país, foram 97. Os dados são do Projeto Baleia Jubarte,