Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Jeep recebeu a primeira anestesia antes de seu primeiro aniversário. Seus agressores usavam jalecos e sua infância estava nas mãos de uma agulha.
O chimpanzé foi explorado em testes de vacinas HIV, hepatite, análise de sangue, entre outras formas de abuso e tortura, relata o The Dodo.
Jeep nasceu e cresceu sendo vítima da vivissecção, perto de sua mãe e seu pai no laboratório liberiano do Centro de Sangue de Nova Iorque. (NYBC).
Os animais eram infectados com uma bateria de doenças e viviam sofrendo com feridas abertas, o que tornou o seu vínculo natural ainda mais forte.
Juntos, Jeep e seus pais fizeram várias tentativas de escapar das instalações, porém nunca tinham sucesso. A poucas horas da liberdade, eram atingidos com um dardo tranquilizante.
Depois de anos no laboratório, a pequena família deixou de sonhar com sua fuga.
Cerca de uma década atrás, eles estavam entre as dezenas de chimpanzés considerados dispensáveis e o laboratório da Libéria foi fechado.
Os chimpanzés foram colocados em uma série de ilhas na Libéria. A princípio, a liberdade parecia agradável, pois o laboratório havia deixado a colônia com alimentos e água para os próximos 10 anos.
No entanto, decidiu abandoná-los. Em 2015, os chimpanzés foram deixados à própria sorte em uma ilha sem fontes de alimento natural. E a liberdade de repente se tornou fome.
“Imagine-se preso em uma ilha deserta e sem poder obter alimentos. Você ficaria desesperado. Seria uma maneira terrível de morrer”, disse Jim Desmond da Humane Society dos Estados Unidos (HSUS) em um vídeo do YouTube.
A HSUS se juntou a outros grupos de proteção para ajudar os chimpanzés e arrecadou fundos.
Assim, veterinários e voluntários foram para a ilha cuidar dos animais. Os encarregados da Libéria viajaram para as ilhas para ajudar também e surgiram páginas no Facebook para organizar doações e responsabilizar o NYBC.
“Se não fosse pela ajuda da Humane Society, todos os chimpanzés teriam morrido”, declarou Joseph Thomas, um cuidador da Libéria.
Em meio a esses gestos de compaixão, os primatas começaram a prosperar.
A casa de Jeep foi apelidada de Ilha 3 e ele ainda vive com sua mãe. Infelizmente, seu pai já morreu. Hoje, Jeep recupera a infância que lhe foi negada no laboratório de Nova York.
“Jeep cresceu e se tornou um grande e forte chimpanzé”, escreveu o grupo Salve os Chimpanzés Abandonados em um post no Facebook.
“Jeep gosta de brincar com Yuletide, um dos mais antigos e maiores chimpanzés”, completou.