Uma família de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, está tentando devolver à natureza um gavião-carcará, encontrado com uma asa cortada e sujo, em um parque da cidade. O animal está se recuperando na casa da família Almeida Prado, mas ninguém sabe como vão poder soltá-lo na natureza.
O jovem Caio Almeida Prado, de 19 anos, é quem tem cuidado da ave. Diariamente, ele oferece carne fresca para alimentar o pássaro. “Estava sujo de lama, cheirando mal, até. Trouxe ela, tomou um banho, ficou limpinha agora”, conta o rapaz.
A família tentou pedir ajuda ao Zoológico de Curitiba, ao Ibama e à Polícia Ambiental, mas ninguém quis se responsabilizar pela soltura da ave. “Fomos primeiro ao zoológico. Chegando lá, eles falaram que não podiam ficar com ela e falaram que tinha que ligar no Ibama. Daí, ligamos no Ibama e ninguém atendeu ao telefone. Fomos até o parque outra vez, na Polícia Ambiental, e eles disseram que não era com eles. No mesmo dia, o Caio tentou outra vez com o Ibama e eles voltaram a dizer que era com a Polícia Ambiental”, conta a mãe do rapaz, Silze Almeida Prado.
Segundo ela, cada órgão passa a responsabilidade para o outro e ninguém se dispõe a resolver o problema. Procurado, o Ibama disse que quando alguém encontra um animal machucado, deve leva-lo ao veterinário. A Polícia Ambiental informou que não é função dela recolher animais, salvo quando há denúncias de maus-tratos. No imbróglio, ninguém indica uma solução viável para o problema.
O gavião-carcará é um parente distante dos falcões. A ave, também conhecida como águia brasileira, não corre risco de extinção.
Fonte: G1