As espécies foram identificadas em grutas profundas, em rios subterrâneos e na floresta do maciço cársico de Lengguru, na parte indonésia da região.
Durante sete semanas, a equipe de cientistas – que inclui biólogos, hidrogeólogos, paleontólogos, arqueólogos, entre outros – enfrentou um grande desafio físico para explorar o imenso “labirinto de ecossistemas isolados” onde as espécies ficaram protegidas durante milhões de anos.
Foi numa gruta até agora inexplorada que os investigadores encontraram uma nova espécie de peixe que se adaptou às condições extremas, perdendo a sua pigmentação e os olhos. “Trata-se, segundo aquilo que sabemos, do primeiro peixe cavernícola descoberto na Papuásia-Nova Guiné”, salientou Laurent Pouyaud, investigador do Instituto de Investigação e do Desenvolvimento (IRD), em Montpellier.
“Em termos de descobertas, tudo ou quase tudo ainda está por fazer naquela região de muito difícil acesso, mas que tem uma biodiversidade excepcionalmente rica”, disse Laurent Pouyaud. O cientista disse ainda que os seus colegas vão oficializar as suas descobertas publicando os seus estudos nos próximos meses.
Lançada durante o Ano Internacional da Biodiversidade, a expedição Lengguru-Kaimana 2010 foi “a primeira etapa de um programa de investigação de grande envergadura” realizado pelo IRD, Ministério indonésio dos Negócios Marítimos e Instituto indonésio das Ciências, com a ajuda de associações e de parceiros privados.
Fonte: Ecosfera