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MUDANÇA CLIMÁTICA

EUA terão verão mais quente que Dubai até 2100, aponta pesquisa

Segundo estimativas do estudo, a temperatura média global poderá aumentar cerca de 3,6°C até o final do século

3 de agosto de 2022
2 min. de leitura
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Pesquisa aponta que cerca de 16 cidades dos Estados Unidos registrarão temperaturas semelhantes às do Oriente Médio até o fim do século. 01/08/2022. Foto: Gary Hershorn |Getty Images

Uma pesquisa feita pelo portal Climate Central, divulgada nesta segunda-feira, 1, descobriu que o aquecimento global levará os Estados Unidos a registarem temperaturas de verão similares às registradas no Oriente Médio até o final do século.

A organização, composta por cientistas climáticos, estimou que as mudanças provocadas pelas emissões de gases poluentes trarão um calor extremo a 16 cidades norte-americanas.

O relatório apontou que, até 2100, o clima de Los Angeles irá se assemelhar ao de Tuxpan, no México, e os verões de Austin, no Texas, se tornarão comparáveis aos de Dubai. Phoenix, por sua vez, registará temperaturas tão elevadas quanto as da Arábia Saudita e Las Vegas experimentará o calor do Kuwait.

Neste verão, as ondas de calor já elevaram as temperaturas a 46°C em áreas do centro-oeste dos Estados Unidos, causando incêndios florestais e colocando quase um terço da população do país sob algum tipo de alerta.

Centenas de recordes de temperatura foram ultrapassados em cidades como Boston, no estado de Massachusetts, que atingiu 37°C nas últimas semanas. Portland, estado de Oregon chegou a registrar 38,9°C na terça-feira 26.

“Esse tipo de onda de calor se tornará normal e os perigos estarão muito mais presentes. Haverá pessoas que nunca precisaram de ar condicionado que enfrentarão isso. Pode rapidamente passar desconfortável a perigoso”, alertou Peter Girard, porta-voz do Climate Central.

Os pesquisadores coletaram dados de 1990 a 2020 para estabelecer a temperatura “normal” de hoje e analisaram 20 projeções diferentes neste século em diferentes cenários de mudanças climáticas.

Segundo estimativas do estudo, a temperatura média global poderá aumentar cerca de 3,6°C até o final do século, caso as emissões de gases poluentes não sejam radicalmente reduzidas.

“Não importa o cenário, este será um desafio de curto prazo praticamente em todos os lugares”, disse o especialista.

Gina McCarthy, conselheira de assuntos climáticos da Casa Branca, afirmou ao jornal britânico The Guardian que o calor extremo “é um assassino silencioso” e estimou que o fenômeno irá afetar a população estadunidense “mais do que qualquer outra emergência climática”.

Pesquisas recentes apontam que o mundo já aqueceu cerca de 1,2°C desde os tempos pré-industriais, uma situação que já está provocando ondas de calor e incêndios florestais nos Estados Unidos e na Europa nos últimos meses.

Fonte: Veja

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