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SENCIÊNCIA

Estudo confirma que exploração de animais em testes é obsoleta

14 de maio de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

O portal Australiano The Conversation criou uma análise sobre os impactos do cativeiro de ratos de laboratório na saúde dos animais. A pesquisa confirmou que as condições em que esses mamíferos se encontram podem resultar no desenvolvimento de estresse crônico, além de ter a capacidade de mudar sua biologia e afetar resultados de pesquisas.

Dentro do movimento dos direitos animais, a exploração de animais em laboratório sempre foi vista como um caso de maltrato animal. Contudo, muitas legislações ao redor do mundo protegem o uso desses animais por lei, principalmente dentro de pesquisas científicas.

Atualmente, cerca de 120 milhões de ratos são torturados e mortos em laboratórios no mundo todo. Os animais passam por diversos tipos de procedimento, entre testes de cosméticos até procedimentos cirúrgicos.

O estudo do The Conversation, então, analisou o estado desses animais dentro de suas jaulas e quais os possíveis efeitos que o confinamento causa.

De acordo com o estudo, as jaulas analisadas não contribuem exatamente para o bem-estar dos mamíferos. Lugares pequenos, comparados com caixas de sapato, contêm o mínimo necessário para que, ao menos, os animais tenham conforto.

Os resultados da análise comprovaram que animais em jaulas convencionais ficam mais doentes do que aqueles em melhores condições. Um dos exemplos dados foi que ratos que eram usados em pesquisas de câncer desenvolveram tumores maiores.

Além disso, os cientistas observaram que animais nessas situações têm mais chances de morrer, tendo expectativas de vida reduzidas em até 9% em comparação com outros ratos.

Dessa forma, é possível concluir que ratos de laboratório podem não oferecer resultados tão precisos em pesquisas científicas. Os dados, além disso, também exemplificam um problema da comunidade científica: a crise de replicabilidade — que indica que 50% dos resultados atingidos em testes não podem ser replicados em outros estudos.

Por muito tempo, a exploração de ratos de laboratório foi justificado pelas suas similaridades com o genoma humano. Contudo, os resultados obtidos pela análise do The Conversation levantam novas questões dentro dos experimentos feitos nesses animais, incluindo a eficácia da maioria das pesquisas científicas.

Embora códigos de ética existam dentro do uso desses animais, o mínimo é solicitado em relação aos seus cativeiros e amenidades.

Portanto, é possível que esses maus-tratos evitáveis continuem dentro da linha de pesquisa científica, na qual o sofrimento animal desnecessário pode influenciar os resultados adquiridos.

Fonte: eCycle

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