Um relatório preliminar elaborado por 13 agências federais para a próxima Avaliação Nacional do Clima concluiu que os Estados Unidos já têm experimentado os impactos negativos das mudanças climáticas, com forte aumento na frequência de ondas de calor, chuvas intensas e outros climas extremos nas últimas quatro décadas. Trump e seu gabinete expressaram dúvidas públicas de que o aquecimento é causado principalmente pela poluição gerada pelo carbono produzida pelo homem e de que ele trará sérias consequências para os norte-americanos.
A avaliação é divulgada a cada quatro anos sob uma iniciativa federal reconhecida pelo Congresso em 1990. O atual rascunho baseia-se em grande parte nas conclusões da avaliação de 2014, divulgada sob a administração Obama.
O documento disse que as temperaturas globais continuarão aumentando caso não sejam feitas reduções na queima de combustíveis fósseis, com impactos cada vez mais negativos. Em todo o mundo, 15 dos últimos 16 anos foram os períodos de maiores temperaturas registradas. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica disse que 2017 deve ser o segundo ano mais quente para os Estados Unidos, segundo o The Advocate.
O relatório usa evidências a longo prazo para ressaltar que o aquecimento global é provocado por atividades humanas “inequívocas”.
“Não há explicações alternativas e nenhum ciclo natural observado no registro observacional que pode explicar as mudanças observadas no clima. Transbordam evidências de um clima em mudança, desde o topo da atmosfera até as profundezas dos oceanos”, disse o relatório, citando milhares de estudos.
Cientistas de todo o mundo documentaram o aquecimento no ar e na água, o derretimento das geleiras, o desaparecimento da neve, a diminuição do gelo marinho e o aumento do nível do mar. O relatório disse que os Estados Unidos terão aumentos de temperatura de pelo menos 1.4 graus Celsius nas próximas décadas, mesmo se forem feitas reduções significativas na poluição por carbono.