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Espécie rara de ave é encontrada em Leiria, Portugal

8 de janeiro de 2010
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Há cerca de três semanas, Luís Crespo, engenheiro no Gabinete Técnico Florestal da câmara de Leiria, recolheu uma espécie rara de ave, durante uma intervenção de limpeza junto à ETAR. A ave, uma espécie de painho-da-madeira’ (Oceanodroma castro), foi solta ontem, em Quiaios.

De acordo com informações fornecidas pela associação ‘Vertigem’, trata-se de uma “espécie colonial, com o estatuto de vulnerável ou em perigo, consta no livro vermelho dos vertebrados, com uma população muito reduzida – 400 a 800 indivíduos adultos – e uma ocupação extremamente limitada e de fragmentação elevada dado o seu grau de isolamento”.

Luís Crespo mostrou-se bastante satisfeito pela libertação da ave que ajudou a salvar e relembrou o momento: “Estava trabalhando junto à ETAR quando vi uma coisa caindo do céu. Pela forma de voar, deu-me a impressão de que seria um noitibó” (pássaro frequente em Portugal, no verão), disse. Depois que as máquinas pararam, o engenheiro, admirador do estudo de aves, foi recolher o pássaro caído, que se apresentava num estado elevado de desidratação.

“Não consegui identificá-la imediatamente. Após consultar um guia, identifiquei a subespécie”, explicou Luís Crespo, acrescentando que a ave “estava muito afastada da rota migratória”, já que se trata de uma espécie marítima.

Depois de consultar Domingos Patacho, presidente do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus, a decisão foi a de entregar a ave ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios (CRAMQ) no mesmo dia.

Ave em tratamento até à libertação

Contactada, a CRAMQ afirmou que a ave apresentava um peso “bastante inferior ao normal para essa espécie”. “Durante duas semanas de internação, esta pequena ave foi alimentada oito vezes por dia com uma papa de peixe, altamente calórica, e incentivada a tomar vários banhos por dia para preservar a sua impermeabilização”, informou um representante da organização.

Nos últimos dias, o painho atingiu um peso de 49 gramas e apresentou sinais de recuperação, tendo sido libertada na última quinta-feira nas falésias do Cabo Mondego.

Fonte: Diário de Leiria

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