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Especialistas identificaram os últimos 42 refúgios para salvar os tigres selvagens

15 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Uma equipe internacional de cientistas identificou os 42 locais onde se devem concentrar os esforços para a conservação dos últimos 3.500 tigres selvagens do planeta; hoje apresentam ínfima fração do seu antigo habitat.

Foto: Molly Riley/Reuters

A “última esperança” para evitar a extinção destes animais – dos quais apenas mil são fêmeas – é concentrar os esforços em pequenas parcelas de florestas na Ásia, como estima a organização Wildlife Conservation Society (WCS), coordenadora do estudo, publicado na revista PLoS Biology, que traça um mapa de orientação da conservação.

Os 42 refúgios estão espalhados pela Rússia, Nepal, Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Laos. A maioria está na Índia (18), seguida da Malásia (8) e da Rússia (6). A WCS está trabalhando em mais de metade dos refúgios. “A prioridade imediata é garantir que as poucas populações reprodutoras que restam sejam protegidas e monitoradas”, comentou Nigel Leader-Williams, da Universidade de Cambridge.

“A escala do desafio pode ser enorme mas a complexidade da sua implementação não é”, considera Joe Walston, diretor da WCS na Ásia. O especialista acredita que é econômica e logisticamente possível manter estes locais seguros para os tigres e suas crias, dando-lhes uma nova oportunidade para se recuperarem.

Os investigadores calculam em 80 milhões de dólares (61,9 milhões de euros) por ano o custo de manter vivos estes animais e de monitorar as populações nos 42 locais. Mais de metade desta quantia já está sendo disponibilizada por autoridades estatais, doadores internacionais e organizações de conservação. Mas o dinheiro que falta – estimado em 35 milhões de dólares (27 milhões de euros) – pode pôr tudo a perder.

“Vários destes locais já estão em áreas protegidas. Mas, na maioria, a proteção ainda é fraca e não falta muito para [os tigres] desaparecerem”, disse John Robinson, vice-presidente executivo da WCS, à BBC online.

“No passado, esforços conservacionistas demasiado ambiciosos e complicados falharam no essencial: evitar a caça dos tigres e das suas presas. Com 70% da população mundial de tigres em apenas 6% da sua área de distribuição atual, os esforços precisam ser concentrados nesses locais, considerados prioritários”, acrescentou Walston.

“O tigre está enfrentando o seu último desafio enquanto espécie”, comentou John Robinson. Hoje, já existem mais tigres em cativeiro do que na natureza”, alerta.

Fonte: Ecosfera

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