EnglishEspañolPortuguês

VÍTIMA INOCENTE

Elefante aprisionado em zoo morre após tomar superdosagem de LSD em experimento

13 de janeiro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Wikimedia Commons; Guinness Records

Em 1962, o Zoológico de Oklahoma City, nos Estados Unidos, foi palco de um dos experimentos mais cruéis da história envolvendo um elefante-indiano chamado Tusko, pesando 3,2 mil quilos. O animal foi submetido à mais alta dose de LSD já administrada no mundo, num episódio que revela não apenas a insensatez da pesquisa, mas também lança luz sobre a necessidade de repensar o papel dos zoológicos na sociedade contemporânea.

Conduzido pelos psiquiatras Louis Jolyon West e Dr. Chester M. Pierce, juntamente com o diretor do zoológico, Warren Thomas, o experimento buscava induzir Tusko ao estado de “musth”, um surto hormonal agressivo observado em elefantes machos. A dose de LSD aplicada, 3 mil vezes superior à dosagem recreativa humana, levou o animal à morte, resultando em um trágico episódio que permanece como um alerta sobre os limites éticos da experimentação animal.

West, associado ao Projeto MKUltra da CIA, tinha um histórico de experimentos arriscados, incluindo a supervisão do locutor Peter Tripp em um desafio de privação de sono. O trágico destino de Tusko levanta questões sobre a ética por trás dessas práticas, especialmente considerando a sensibilidade dos elefantes aos efeitos do LSD.

A morte de Tusko não pode ser simplificada como resultado apenas da droga psicodélica. Alguns pesquisadores argumentam que a falta de consideração pelo peso cerebral e a taxa metabólica do elefante, juntamente com a administração inadequada da substância, contribuíram para o desfecho fatal. O episódio destaca a necessidade crítica de protocolos éticos rigorosos ao realizar experimentos em animais, evitando o sofrimento desnecessário e garantindo a segurança dos envolvidos.

Além disso, a história de West após o incidente de Tusko, continuando seu trabalho para a CIA e sugerindo métodos questionáveis em casos de relevância pública, destaca a falta de prestação de contas e responsabilidade em experimentos arriscados.

O caso de Tusko reforça a urgência de repensar o papel dos zoológicos na sociedade moderna. Em vez de servirem como palcos para experimentos questionáveis, essas instituições devem focar na libertação dos  animais aprisionados e explorados. A trágica morte de Tusko deve servir como um lembrete de que os animais merecem respeito, proteção e consideração, em vez de serem vítimas de experimentos desmedidos em nome da ciência.

    Você viu?

    Ir para o topo