Por Giovanna Chinellato (da Redação)

A Suíça tem leis bem-estritas em questão de direitos animais. Mesmo assim, a representação legal pelos animais parece uma ideia cujo tempo ainda não chegou.

Num referendo realizado no último dia 7, cidadãos suíços rejeitaram uma proposta que faria cada distrito do país ter um advogado para defender os direitos de animais abusados a custo de quem paga impostos. O resultado negativo não significa que a ideia não tenha mérito. Ou que sua vez não venha a chegar algum dia, visto que as sociedades têm cada vez se sensibilizado mais com o horror da crueldade com animais.

Como prova, considere o porquê de os cidadãos suíços terem dito não. A proteção suíça pelos animais é tão forte que não precisa de reforços. Outros queriam evitar uma burocracia desnecessária. Logo, a proposta não deu certo não porque os cidadãos suíços não achem que os animais não precisem de proteção,  mas porque acham que as leis existentes são boas o suficiente.

A Suíça é um exemplo global de tratamento justo e sensível para os seres não humanos, com sensibilidade ecológica. Todos os animais se beneficiam de políticas humanitárias. Uma mudança constitucional foi feita até para considerar a dignidade da vida das plantas. Muitos outros países ainda estão se acostumando à ideia de “direitos” animais, deixando a compaixão para caprichos individuais.

Alguns argumentam convincentemente que, já que abusadores de animais contratam advogados, suas vítimas não humanas precisam de uma voz legal. Inevitavelmente, alguns dizem que devíamos nos focar na miséria humana. Isso é mera sofisticação. Servir à humanidade e ajudar animais brutalizados não é incompatível. Dada a evidência científica da interdependência de todo ser vivo, estreitar o antropocentrismo é uma base para organizar a vida humana.

Aliás, como se diz o quão civilizada uma sociedade é? Homens sábios há muito disseram para olharmos como tratamos animais indefesos.

Com informações de The Times of India