A dificuldade em conseguir transporte para levar a onça ‘fujona’ de Campo Grande para o local onde ela deverá ser solta, na região leste de Mato Grosso do Sul, está emperrando a libertação do felino.
De acordo com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), o animal está pronto para voltar a natureza há pelo menos duas semanas, mas aguarda a viabilização de um helicóptero para ser transportado até a área.
Segundo o Cras, a onça já possui um rádio colar para que seja monitorada constantemente e também já fez os exames que indicaram que ela é originária da região leste do estado.
O secretário estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros, diz que busca parcerias para realizar o transporte do animal e reforça o apelo dizendo que essa é uma missão sócio-ambiental.
Negreiros revela que foi feita uma sondagem informal com o comando da Base Aérea de Campo Grande que teria informado que não teria autonomia para liberar o uso da aeronave para fazer o transporte.
Procurada pelo G1, a Base Aérea disse que realmente não tem essa autonomia, mas que, caso seja feita uma solicitação formal, que o pedido será encaminhado para o Comando Geral da Aeronáutica, que analisará o pedido.
Diante do indicativo dos militares, o secretário de Meio Ambiente afirmou que vai encaminhar um ofício a Base Aérea com o pedido de utilização do helicóptero.
As Fugas
A onça (fêmea), hoje com um ano, foi encontrada quando tinha aproximadamente dois meses, sozinha, em uma pastagem, em Água Clara, cidade que fica a 180 quilômetros de Campo Grande. Foi encaminhada para o Cras e no dia 29 de outubro do ano passado fugiu pela primeira vez do centro.
Quase dois meses depois, no dia 28 de dezembro, foi recapturada e encaminhada novamente para o Cras, mas desta vez para uma jaula nova, feita especialmente para abrigá-la. Dois dias depois, o animal repetiu a proeza e fugiu de novo.
A segunda recaptura foi dia 12 de fevereiro deste ano, quando a onça caiu em uma das armadilhas espalhadas pela reserva que fica no entorno do Cras. Desta vez, o animal foi encaminhado para uma jaula que antes chegou a ser usada por um leão, e que teve toda sua estrutura metálica reforçada para evitar mais uma fuga.
Fonte: G1